O Governo está a reestruturar a administração pública. Nada contra. A partilha de serviços entre ministérios, a extinção de uns quantos, a fusão e a criação de outros organismos, são medidas indispensáveis que o cidadão comum, percebe, se tiver como objectivo, melhorar a eficiência e a qualidade dos serviços do Estado, prestados aos cidadãos.
No conjunto, são reduzidos 187 organismos. Segundo o Governo é “a maior reforma do Estado, desde o 25 de Abril”. É de enaltecer esta reorganização dos serviços públicos. Enfim, trinta e um anos depois, já não era sem tempo.
Contudo parece-me que se está a ir depressa demais. A comissão técnica encarregue da reestruturação tem poucos meses de trabalho. E uma reforma a sério requer muito tempo. Fazer um levantamento exaustivo dos serviços, da utilidade de cada um, dos desperdícios a suprimir, das funções e conhecimentos dos colaboradores, das suas competências, dos meios técnicos e tecnológicos disponíveis e necessários, da duplicação de serviços, das tarefas e meios físicos a partilhar, parece, repito uma tarefa que deve levar mais tempo, sob pena das canas do foguetório, cair em nossas cabeças.
Estou convencido que se está a dar passos maiores do que as pernas. Aguardemos.
É claro que esta festa, com pompa e circunstância, anunciada antes da “inauguração”, vai conhecer várias fases e muita da arquitectura da reestruturação vai sofrer alterações e resvalar no tempo. É impossível fazer uma reforma a sério sem uma auditoria séria e competente, serviço a serviço, departamento a departamento, direcção a direcção, sem ouvir as pessoas interessadas, trabalhadores, utentes, estruturas dos trabalhadores, sob pena de estarmos a fazer pequenos/grandes remendos. Espero que me engane.
3.31.2006
A reforma na administração pública
Sabemos que um dia os dias irão ser diferentes
Sonae quer esconder a co-incineração...
... dos turistas.
Este o título de uma notícia de 26 do corrente, no Setúbal na rede, O Portal do Distrito.
Pois...
Por que não Belmiro de Azevedo convencer o seu amigo Sócrates a ir queimar (-se?) para outros paragens?
Por outro lado, não é ele, Belmiro, que manda no País? A quem todos pressurosa e subservientemente acorrem para o beija-mão da praxis?
Então?!
.................................... SEGUE em O Sítio do Ruvasa
...
Vêm aí tempos difíceis para a liberdade
Orlando Braga
Regionalização e União Europeia.
A Constituição portuguesa prevê a regionalização do país. Esta regionalização nunca avançou embora o anterior Governo socialista o tenha tentado.
Na altura foi apresentado um mapa com sete regiões (creio) e foi feito um referendo com duas perguntas, uma sobre a regionalização em si e outra sobre o mapa.
Este referendo falhou por diversas razões, primeiro porque, dada a abstenção, não foi vinculativo (mais de 50% de abstenções) e segundo porque os votantes negaram quer a regionalização quer o mapa.
Agora este Governo volta a atacar com a regionalização e, como vai sendo hábito fala-se do secundário e evita-se o que é realmente importante.
Ver a continuação em Cabalas.
O Raio
Mais papistas que o Papa
Orlando Braga
3.30.2006
Desertificação versus Eficiência
O encerramento de escolas e maternidades no interior choca qualquer ser humano! É a prova - como se fosse preciso uma - que o país é desigual. O interior do país está numa espécie de lenta agonia num ciclo vicioso de abandono, desinvestimento e desalento.
Segue
A paridade e as mulheres
O debate da paridade tem sido "delicioso". Nuno Melo, líder parlamentar do CDS, tem-se destacado por afirmações interessantes. O dito líder defende "o reconhecimento na base do mérito". O que, tendo o CDS uma única deputada, só pode significar duas coisas: O CDS não reconhece mérito às mulheres, ou, as mulheres de mérito não querem nada com o CDS.
Mas porque é que as mulheres têm que provar ter mérito e os homens não? Qual terá sido a prova de mérito que fez Nuno Melo? E qual terá sido a prova de mérito de Teresa Caeiro, a única deputada do CDS? E quem serão os juízes desse mérito? E quais os critérios de avaliação de mérito? Eu cá, julgava, que os méritos e deméritos dos políticos eram julgados pelos eleitores!
Mas o mais estranho neste debate é que na defesa de posições conservadoras está gente de esquerda e de direita. Ouvir, sem se notar a diferença, argumentos contra a paridade vindos de Heloísa Apolónia, Zita Seabra ou Regina Bastos é espantoso. E eu a pensar que o conservadorismo era uma característica da direita.
Também espantoso é o argumento usado por Odete Santos em pleno debate parlamentar, acusando o PS de querer pôr mulheres burguesas no parlamento.
Bem prega Frei Tomás…
O que mais nos irá acontecer…?
Orlando Braga
3.29.2006
As manifestações em França
A França está em polvorosa por causa do contrato primeiro emprego (CPE). Os jovens estão na rua. Os movimentos estudantis, as organizações sindicais, mobilizaram nos últimos dias mais de dois milhões de pessoas que vieram protestar contra a excessiva precarização do emprego jovem.
Há quem considere que a proposta de primeiro emprego que concede às entidades patronais a possibilidade de nos dois primeiros anos, despedir o jovem trabalhador, quando quiser e lhe apetecer, vem promover a criação de mais emprego e fixar os melhores.
É um discurso a que já estamos habituados. Os patrões provavelmente acham ainda pouco. O ideal, para muitos, era que não houvessem regras e direitos dos trabalhadores. Direitos são privilégios.
De repente, lembro-me do Operário em Construção, de Vinícius de Morais, “dou-te todo esse poder/ e a sua satisfação/ porque a mim me foi entregue/ e dou-o a quem eu quiser/ dou-te tempo de lazer/ dou-te tempo de mulher/ tudo o que vês/ será teu se me adorares/ e ainda mais se abandonares/ o que te faz dizer não.”
Eles dão-nos. Dão-nos o emprego. Dão-nos o dinheiro. Dão-nos a saúde. Dão-nos a educação. Eles dão-nos tudo e nós ingratos ainda resistimos.
Não é uma simples alteração de trabalho que está em causa. É um modo de vida. É um estilo. O capitalismo quer mais, sempre mais.
Olivença e o CIA Factbook...
Como é óbvio os espanhóis não gostaram. O governo português, como também é óbvio, fez de conta que não reparou.
Ver a continuação em Cabalas.
O Raio
Já não acredito
E eu acreditei.
Orlando Braga
Escravos do Consumo
Cada homem é escravo do seu próprio consumo. Qual é a lógica de viver assim? Eu compreendo termos que ser escravos do tempo e que os afectos façam de nós escravos mas, ideologias políticas à parte, fará sentido sermos escravos de objectos inanimados?
Continua aqui
TIMOSHENKO
Henrique Sousa
3.28.2006
Madeira e a festa sacrílega
In Estranho Estrangeiro
Migrações
Quando muito empurrado... o homem vai lá!
A propósito de um diferendo que se abriu em outro blog, o Terras de Azurara, do Agnelo Figueiredo, a propósito da absurda expulsão (pelo muito exíguo prazo do pré-aviso) de portugueses que estavam no Canadá há anos, em alguns casos há mais de uma dezena, julgo chegado o momento de esclarecer a minha posição quanto à questão da imigração.
1. Sou a favor, decididamente a favor, da aceitação e integração dos imigrantes que nos procuram.
Por vários motivos, a saber:
................................. SEGUE em O Sítio do Ruvasa
Blogs, Multibanco, Corrupção e Gripe das Aves
Henrique Sousa
3.27.2006
As focas canadianas e as crianças holandesas
Orlando Braga
Temo o pior
Orlando Braga
Sobre o excesso de funcionários públicos em Portugal...
Sobre o excesso de funcionários públicos em Portugal...
O Correio da Manhã tem uma interessante estatística do Eurostat sobre a percentagem de funcionários públicos na população activa de cada Estado Membro da EU.
Segundo o Correio da Manhã essa percentagem é a seguinte:
(note-se que decorre uma campanha para nos convencer de que temos funcionários públicos a mais...)
Ver a continuação em Cabalas.
O Raio
3.26.2006
Putin, o bondoso!
Vladimir Putin, Presidente da Federação da Rússia, trouxe às páginas do Diário de Notícias, de domingo, uma prosa de partir o coração.
Putin que mantém uma violenta guerra de ocupação da Tetchenia, uma violenta e mafiosa acumulação capitalista, com consequências dramáticas traz-nos as suas preocupações caridosas quanto aos problemas do mundo.
Putin preocupa-se com as doenças, a gripe das aves, a sida...
Putin preocupa-se com a educação, o acesso à informação…
Putim preocupa-se ainda com a degradação do meio ambiente, com o terrorismo, com as armas de destruição maciça, com os conflitos regionais, nomeadamente no Iraque…
Mas Putin preocupa-se, sobre maneira, com o problema da energia.
Tempos de Impunidade
Tony Blair, José María Aznar, George W.Bush e Durão Barroso na Cimeira dos Açores
Observo com estupefacção a singeleza com que certas declarações vêm a público. Há poucos dias - no 3º aniversário da guerra ao Iraque - Durão Barroso proferiu as seguintes declarações no programa "Le Grand Jury" a justificar o seu apoio – e por arrasto o de Portugal – aos EUA para a intervenção militar no Iraque:
Segue
3.25.2006
As "confusões agrádaveis" ou "beija-mão cibernético"
Orlando Braga
Viagens de parlamentares
(…)
As despesas da viagem correram por conta da empresa pública e a estada e as ajudas de custo pela Assembleia da República.
A deputada do Bloco de Esquerda, Alda Macedo, membro da dita comissão, recusou fazer parte da comissão parlamentar, por três razões:
a) As negociações entre a TAP e a Varig já se tinham gorado, pelo que era inútil a viagem.
b) Para recolher esse tipo de informação não era preciso ir ao Brasil gastar dinheiros públicos, bastava pedir os relatórios.
c) Trata-se de uma forma de gastar dinheiros públicos e para o qual nós [os deputados do BE] não estamos de acordo.
(…)
Vidas precárias
Vidas precárias é o nome de um blogue.
Mas vidas precárias é principalmente, a situação em que se encontram centenas de milhares de pessoas, famílias inteiras, sem emprego ou com um emprego precário.
Hoje vinte por cento dos trabalhadores vivem grandes problemas de instabilidade social com contratos a prazo que podem atingir, legalmente, sete anos, mas que com artifícios legais pode prolongar-se pela vida fora. Empregos estáveis, próximos dos nossos locais de residência, dos amigos, em comunidade, são luxos, numa sociedade hipócrita e injusta.
Os jovens e as mulheres são os principais atingidos. Sem independência social, económica ou familiar e com um futuro incerto, não há estabilidade emocional que resista. O futuro é um salve-se quem puder, talhado para os chico-espertos, para os chulos, para os “tios e tias”, oportunistas e corruptos.
O machismo
Orlando Braga
3.24.2006
É o capitalismo, estúpido!
O artigo de Miguel Sousa Tavares (MST) no Expresso do último fim de semana - que só agora tenho oportunidade de comentar - merece ser lido e alvo de reflexão. O enquadramento é simples, concretizando, o que MST tenta transmitir é que o clima de euforia provocado pelas OPA e reflectido na Bolsa de Valores tem resultados muito incertos para a nossa economia. Partilho algumas das conclusões apesar de haver várias nuances e vou divagar sobre o tema. Entendam divagar duma forma literal porque vou afastar-me, de forma despreocupada e até caótica, do tema do artigo.
Segue
Os cafés e a História
In Estranho Estrangeiro
O CIRCO DAS CELEBRIDADES.
...Continuar a ler em o Velho da Montanha.
Donald Rumsfeld e a gripe dos patos...
O Raio
3.23.2006
A Britney "marchava", mas nada de filhos
Orlando Braga
O futuro é conservador
Orlando Braga
O TAMIFLU, DONALD RUMSFELD E O NEGÓCIO DO MEDO
Sabes que o vírus da gripe aviar foi descoberto há 9 anos no Vietname?
Sabes que desde então morreram 100 pessoas em todo o Mundo durante estes anos?
Sabes que os norte-americanos foram os que alertaram da eficácia do TAMIFLU (antiviral humano) como preventivo?
Sabes que o TAMIFLU apenas alivia alguns sintomas da gripe comum?
Sabes que sua eficácia ante a gripe comum é questionada por grande parte da comunidade científica?
Sabes que perante uma suposta mutação do vírus H5N1 o TAMIFLU apenas aliviará a doença?
Sabes quem comercializa o TAMIFLU? LABORATÓRIOS ROCHE.
Sabes a quem comprou a ROCHE a patente do TAMIFLU em 1996? A GILEAD SCIENCES INC
Sabes quem era o Presidente da GILEAD SCIENCES INC e ainda hoje principal accionista? DONALD RUMSFELD, actual Secretário de Defesa dos EUA.
Sabes que a base do TAMIFLU é o anis despedaçado?
Sabes quem ficou com 90% da produção mundial desta árvore? A ROCHE
Sabes que as vendas do TAMIFLU passaram de 254 milhões em 2004 para mais de 1.000 milhões em 2005?
Sabes quantos milhões mais pode ganhar a ROCHE nos próximos meses se segue este negócio do medo?
3.22.2006
Mais cego...
Sócrates de parabéns
(…)
Com a publicação, ontem em Diário da República, das novas normas legais - que são, objectivamente, a continuidade das anteriores - um partido que tem o nome de socialista, deu continuidade à grande vitória da burguesia, do conservadorismo mais primário e abjecto, de Bagão Félix e companhia. O PS assegurou a caducidade da contratação colectiva - quando não houver acordo entre patrões e sindicatos. Ao fim de dois anos e meio a contratação cai ficando apenas assegurados os salários, horários e locais de trabalho. Resta uma arbitragem obrigatória, tutelada por um aliado do patrão: o ministro do trabalho.
A ideologia do individualismo deu mais um passo. A ideologia e a cultura da solidariedade, da relação colectiva e da defesa colectiva dos trabalhadores teve mais uma derrota.
Sócrates deve ontem ter recebido muitos telefonemas de parabéns.
3.21.2006
Uma modesta sugestão à TVI...
Este programa vem na sequência de outros de grande sucesso como por exemplo os Big Brother famosos, a Quinta dos mesmos, a tropa também dos mesmos, etc.
Agora deixou-se cair a máscara e entrou-se definitivamente na palhaçada, temos o Circo dos Famosos.
Confesso ter tido alguma dificuldade em saber quem eram aqueles famosos... mas, enfim, o problema deve ser meu.
(ver continuação em Cabalas)
O Raio
Erro de casting
Conclusão: Chavez não precebe nada de polÃtica.
Orlando Braga
Pai...
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(...) Cresci perante o exemplo desassombrado daquele homem com quem quero emular. Arriscou, coagido, a vida por uma guerra torpe, nas matas letais de Cabinda, ainda hoje território angolano órfão de paz. A guerra couraçou-o, o que permite, hoje, enfrentar qualquer óbice com a tenacidade de quem sobreviveu 26 meses no mato. Abdicou cedo dos estudos, após a morte precoce e agónica do pai, episódio ominoso que o obrigou a trabalhar com a idade de quem ainda deve comer papinhas. Também sobreviveu. Quantas vezes sucumbo ao desassossego por sentir que não prolongo o seu exemplo. Quantas vezes, nas manhãs gélidas, atapetado até à canÃcula, ouço o ranger dos seus músculos cansados, mas firmes, primeiros passos de um novo trabalho de Hércules. Oh, “ser tu sendo euâ€�, diria outro, desapossado, cedo, de pai. (...)
In Estranho Estrangeiro
3.20.2006
O vento é o culpado
Henrique Sousa
A internet e a máquina de café
Orlando Braga
Agenda do PS/Porto
Orlando Braga
A crise no CDS e PSD
A crise dos partidos tem um culpado.
(…)
Eis o culpado dos partidos de direita: José Sócrates e o Partido Socialista.
Sócrates roubou a agenda polÃtica da direita e é o seu mais fiel cumpridor. E as elites conservadoras são mesmo assim: adoram quem, no poder, lhes faça bem o servicinho.
Esquerda / Direita
Orlando Braga
3.19.2006
À esquerda, pois claro!
Muita gente se afirma de esquerda e muito pouca de direita. Foi quase sempre assim. As pessoas de direita quase nunca se assumiram. Quando muito lá conseguiam dizer-se do centro, centro esquerda. No perÃodo imediatamente pós 25 de Abril, ainda se percebia. A situação era quente e a direita era associada a um retorno ao regime fascista. Muitos anos se passaram depois mas a direita sempre teve vergonha de se assumir. Já não era por medo. Não tinham razões para isso. Problemas de consciência, decerto. Se alguém teria motivos para esconder as suas preferências politica/partidárias eram (são) as pessoas de esquerda, em particular aquelas que trabalham no sector privado.
Há uns cinco anos, mais ano, menos ano, apareceram para aà uns ideólogos da direita, uns com alguns anos de militância politica na extrema-esquerda, “convertidos”, outros mais novos, com manias de uma superior capacidade intelectual, a dar algumas lições com toda a sua sabedoria arrogante e cheia de certezas, aprendida não sei em que manuais.
São os herdeiros dos grandes valores intocáveis do conservadorismo expressos na trilogia, Deus, Pátria, FamÃlia e agora também de George W. Bush. Eles estão por aà nos jornais, televisões e nos blogues na sua cruzada contra as causas “modernas” como a liberalização dos costumes e da moral cristã.
O Bloco Central e Cavaco Silva
Um dos maiores problemas polÃticos em Portugal é, em linguagem bem popular, a merda ser sempre a mesma e só mudarem as moscas. Neste paÃs, infelizmente, esta frase faz algum sentido uma vez que a alternância democrática faz-se entre dois partidos – o chamado Bloco Central – que sem serem iguais são a mesma face da mesma moeda. Há razões históricas para que o PSD e o PS sejam partidos ideologicamente muito semelhantes – aversão no pós 25 de Abril a polÃticas de direita, hesitações ideológicas do PSD, consensos sobre polÃticas europeias – mas esta alternância entre partidos diferentes mas iguais já tem o odor fedegoso das águas estagnadas.
Continua no Filho do 25 de Abril
Insanidade governativa
Orlando Braga
XXVIII Congresso do PSD
Sabe-se – já desde o tempo dos antigos romanos – que de minimis non curat praetor, mas o que é certo é que estes pretores têm falhanços demais e, assim sendo, aquela máxima já não pode ser usada como desculpa.
A instâncias da Comissão PolÃtica Nacional e de mais algumas outras entidades e individualidades do partido, lá se procedeu a intendência doméstica, mas muito ao jeito da dona de casa apressada e um tanto desleixada que, não tendo ali à mão, por descuido ou falta de prática, um recipiente para guardar o lixo, decide varrê-lo para debaixo da carpete.
Assim, o Congresso debruçou-se sobre e decidiu:
* que a eleição do presidente do PSD passe a ser feita, através de votação universal, secreta e directa, por todos os militantes do Partido, até dez dias antes da realização do Congresso;
* que a eleição dos restantes membros da Comissão PolÃtica Nacional continue a ser feita em Congresso;
* que, no Congresso, não podem ser apresentadas moções de estratégia por quem não se proponha liderar o partido.
.................. SEGUE em O SÃtio do Ruvasa
...
3.18.2006
A polÃtica de saúde e o caminho para o fim do SNS
João Semedo, renovador comunista, médico de profissão e director do Hospital Joaquim Urbano no Porto, suspendeu o cargo e tomou o lugar de deputado do Bloco de Esquerda, em substituição de Teixeira Lopes. Não podia ter começado melhor, João Semedo. No dia em que o Bloco interpelou o governo sobre a polÃtica de saúde, fez uma importante declaração polÃtica.
João Semedo diz que um ano de governação é tempo suficiente para saber os eixos da polÃtica desenvolvida por o ministério de Correia de Campos. E a sua principal linha é mandar fechar; o povo pagar mais pelos serviços de saúde; os profissionais aguentarem; e as mudanças de fundo que esperem.
“O governo tropeça num problema e a resposta é invariavelmente a mesma: o encerramento do serviço em causa, trate-se uma maternidade, de um hospital ou de uma urgência. Se o problema é o hospital, fecha-se. Se é na urgência, fecha-se.
Este ministério é uma comissão liquidatária não é um ministério”.
“Há serviços que não devem nem podem fechar por mais pareceres e relatórios técnicos que apontem nesse sentido. Nem tudo se pode resumir a questões “exclusivamente técnicas”, ou de limitação de custos, “insensÃveis ao contexto local, à dimensão social e humana ou ao equilÃbrio e solidariedade entre as regiões no acesso aos serviços públicos de saúde”.
Bem-comum
Orlando Braga
Bom fim-de-semana ;~))
Deus é semelhante a uma reflexão matemática concludente: quem pode compreender a operação filosófica basilar, chega com uma necessidade lógica, ao conceito de Deus.
Orlando Braga
3.17.2006
As guerras do Sporting
No momento em que escrevo ainda não sei o que vai dar a assembleia-geral do Sporting. Mas não interessa. O património do clube deve ou não ser vendido? Como diz Roquete, o Sporting deve-se concentrar no seu “core-business” - palavrão que quer dizer actividade ou negócio fundamental.
Estas estórias que fazem a história dos clubes têm que se lhe digam. Primeiro transformam-se em associações sem fins lucrativos e de utilidade pública para terem acesso a benesses várias. Em nome do interesse público recebem terrenos, subsÃdios camarários, são “capa” para negócios imobiliários, jogo de influência e caciquismos, disputa de poder até nos partidos e no Estado. Tudo em nome da viabilidade e do desporto.
Depois tornaram-se SADs para separarem o negócio do futebol, entrarem em bolsa e aumentarem o capital. Tudo em nome da viabilidade e do desporto. Depois continuaram a receber subsÃdios e a construir estádios que raramente enchem (só quando o Benfica joga com o Liverpool) e que ajudam a afogar os clubes e as câmaras municipais. A esses estádios foram retiradas pistas de atletismo ou ciclismo, pavilhões para práticas desportivas (ditas amadoras e ecléticas) e acrescentados centros comerciais, cinemas, restaurantes. Tudo em nome da viabilidade e do desporto. Agora, que continua tudo na falência, quer-se vender tudo. Tudo em nome da viabilidade e do desporto.
3.16.2006
Quando as vÃtimas são as crianças
Vanessa, Yuri, PatrÃcia, Catarina. Crianças que recentemente foram notÃcia. Porque morreram em consequência de maus-tratos.
As estatÃsticas referentes aos casos de crianças maltratadas em Portugal são escassas.
O único estudo que conheço foi elaborado pelo Centro de Estudos Judiciários nos anos 90 e denunciava que surgiam por ano entre
Mais recentemente, no Relatório da Unicef com referência ao ano de 2004 indicava-se que a nÃvel mundial Portugal era o sexto paÃs com maior percentagem de mortes de crianças por maus-tratos.
Também em 2005 o director da Organização Mundial contra a Tortura (OMCT), pediu ao governo português a realização de uma campanha de sensibilização contra os castigos corporais infligidos às crianças.
Um inquérito apresentado em Janeiro deste ano pela Inspecção-Geral de Saúde revela que seis crianças são atendidas nos hospitais portugueses por dia, vÃtimas de maus-tratos. Número que seguramente fica aquém da realidade em virtude de muitos centros de saúde e hospitais não registarem as crianças maltratadas que atendem.
A eles devem-se juntar muitos Infantários e Escolas que com igual posição privilegiada para a sinalização de crianças em risco, nada fazem.
Não sou democrata...
In Estranho Estrangeiro
O prédio do Coutinho: Urbanismo e urbanistas.
…
Soube agora que ainda jovem, tinha-se oposto com veemência, em especial com artigos de opinião, à construção do denominado Prédio do Coutinho em Viana do Castelo que agora vai ser demolido no âmbito do programa Polis. Na altura o argumento da Comissão de Estética para dar parecer positivo à construção é que na “horizontalidade da cidade ficava bem um prédio em altura”. Venceram os “merceeiros da terra”, considera Pulido Valente. E mais não acrescenta. Para mim foi claro não precisava adiantar mais.
Hoje décadas volvidas dão-lhe razão. O prédio em altura destoa da horizontalidade da cidade. Mas, o arquitecto está do lado contrário dos que pretendem demolir o Prédio do Coutinho e preconiza uma outra solução: defende que o prédio “deve ser demolido apenas no que está a mais em altura”.
Mas onde, Pulido Valente é muito cáustico é quando se refere à demolição do mercado de Viana, “um belÃssimo projecto de João Anderson” para dar lugar a um edifÃcio que albergará os desalojados do Coutinho. O que estão a fazer "é um crime, é máfia é pornografia intelectual, moral e estética". E estende essas criticas a muitos projectos urbanÃsticos que se estendem pelo paÃs.
E como é isto possÃvel? A resposta desassombrada do arquitecto: “Porque para ultrapassarem empecilhos, [PDM opinião pública, etc...] as câmaras chamam o Siza Vieira ou o Souto Moura para lhes fazerem os projectos que sabem que não podiam ser feitos” e depois anunciam que o municÃpio terá uma “obra de mestre”. E assim se calam muitas bocas. Quem ousará pôr em causa os trabalhos dos mesmos? “É uma bandalheira e uma vergonha”, acrescenta. Pulido Valente não podia ser mais explicito: Esses arquitectos dão cobertura a actos ilegais ou cometem atentados urbanÃsticos sem que alguém ouse levantar a voz.
…
José Sócrates e a aliança libertária
Orlando Braga
A Santa Insustentável
Portugal de tamancos
Orlando Braga
3.15.2006
Pior que estragado!
Orlando Braga
Prémiose honrarias aos vencedores
Designou o cidadão Cavaco Silva, enquanto Presidente da República, os cinco membros que lhe cabem nomear, para o Concelho de Estado.
João Lobo Antunes, neurocirurgião, escritor nas horas livres, ou vice-versa, e ex-mandatário nacional do senhor presidente.
Ler mais
Até hoje... (conto)
In Estranho Estrangeiro
(continua)
A menina, a China e os dramas sociais
Ela ainda tem cara de menina, Cristina Casalinho é economista-chefe do BPI e escreve hoje, 2006-03-15, no suplemento de economia do DN.
Em “Lições da China” Cristina Casalinho cita a análise de um economista chinês radicado no EUA, publicada no Financial Times, para referenciar que “as autoridades puseram em marcha um corajoso programa de liberalização económica e reformas institucionais fundamentais, criando um ambiente competitivo que alimentou a iniciativa privada”.
Vale a pena olhar para essa liberalização que apagou o pretenso farol do socialismo. Um olhar sobre a China vale a pena por dois motivos: o primeiro para tornar mais clara a diferença “cultural” e ideológica entre os que se reclamam do comunismo, a segunda para tornar mais clara que a luta dos povos só com eles mesmo pode contar e que a China só é farol do capitalismo selvagem. Os números que a pouco e pouco se tornam públicos dão conta de um incomensurável drama humano.
Hong Khong
Vista geral, a partir do Victoria's Peak
Hong Kong é uma Região Administrativa Especial da República Popular da China, estando localizada na costa sudeste daquele paÃs.
Hong Kong tem economia extremamente liberal, sendo um grande centro financeiro internacional.
Antiga colónia inglesa - hoje administrada pela RPC, no âmbito da polÃtica chinesa “um paÃs dois sistemasâ€� - Hong Kong dispõe do direito constitucional de se reger autonomamente, possuindo sistema legal, moeda e serviços aduaneiros próprios, bem como capacidade de negociação de tratados (como tráfego aéreo e permissão de aterragem de aeroplanos) e leis de imigração igualmente exclusivas.
Mantém mesmo regras de trânsito exclusivas, com condução pela esquerda, reminiscência do tempo do domÃnio inglês. Apenas a defesa nacional e as relações diplomáticas são atribuições do governo central, em Pequim.
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Saudações,
Henrique
Carla Del Ponte
O Raio
3.14.2006
Os supranumerários e o "terrorismo" psicológico
Tinha eu treze anos quando tive oficialmente o meu primeiro emprego. Foi na maior empresa do distrito e das poucas de construção e reparação naval, existente no PaÃs. Hoje é a única. Na altura os Estaleiros Navais de Viana do Castelo, era ainda uma empresa privada, sendo nacionalizada em 1975.
Nessa época não tÃnhamos o emprego certo. Dependia se havia trabalho. Se havia barcos para reparar ou construir. Às vezes não havia. Nessa altura estava-se cerca de três meses à espera de uma decisão sobre o nosso futuro na Empresa. Aguardávamos na chamada “escolinha” designação dada a uma pequena sala, onde se concentravam todos os que não tinham trabalho. Éramos à s dezenas. Passávamos ali os dias inteiros desde que entravamos ao serviço até à saÃda, sem fazer nada. Ou melhor jogando à s cartas ou outros jogos. Passado aquele tempo e como não havia expectativa de trabalho, alguns eram despedidos. Os mais novos eram os primeiros. A este despedimento convencionou-se chamar “ir no balão”. O último aconteceu em 1970 e eu fui um dos atingidos.
Esta introdução tem uma explicação. E um quase paralelismo com o que se vai passar com a lei dos supranumerários da Função Pública que está em forja.
O bem-comum e a incoerência da utopia liberal
Continuar a ler
MINORITY REPORT.
Hoje, ao ler um artigo de Graça Franco no “Públicoâ€�, dei-me conta que o “enfant terribleâ€� da polÃtica Francesa, Nicholas Sarkozy, tem um plano sinistro para prevenir futuras crises de carácter social como as que têm assolado a França nestes últimos tempos.
...Continuar a ler em O Velho da Montanha.
3.13.2006
Encontro com a História
Subitamente, a História que se confinava aos livros circunda-me, impregna-me e sufoca-me. Abandono a interminável estação e fulmina-me a contemplação da monumentalidade que confere eternidade à cidade que alberga o sucedâneo do Império Romano. Roma extasia desde a primeira inspiração. Como legatário dos forjadores da civilização ocidental, Roma e as suas gestas coabitaram comigo, quotidianamente, desde as primeiras e incipientes visitas da razão. Roma, envolta pelos halos do mÃtico e do mÃstico, representou sempre a realidade mundana guindada a entidade transcendente pelo seu cariz inatingÃvel. Distante, Roma foi sempre distante, monopolizada por livros, fotos e gravuras, ou pelos uivos animalescos dos energúmenos sanguinários que assistiam à s pelejas de gladiadores, os quais ainda ecoam quando divisamos imagens do estiolado Coliseu. A partir de agora, enquanto assisto, consciente, à inelutável putrefacção do invólucro, representarei, também, as ruÃnas de uma Roma menos real do que idealizada.
In Estranho Estrangeiro
Dilema
In Estranho Estrangeiro
O túmulo do 1ª Imperador chinês
Foi capital da China, durante as dinastias Chin, Han e Tang, ou seja, sensivelmente entre 255 aC e 907 da era cristã.
Em Xi’an começava, no sentido Oriente-Ocidente, a célebre "rota da seda".
Qin Shihuang Di unificou os vários reinos que compunham a China, após o que se tornou o seu primeiro imperador. Deteve o poder de 221 a 210 aC, precisamente sob o cognome de "primeiro Imperador".
............................................ Segue em O SÃtio do Ruvasa
Sócrates é um verdadeiro durão
Sócrates avisou que “o pior está para vir”. E a coisa parece bater certo. Na chamada “Convenção Novas Fronteiras” que este fim-de-semana se realizou António Peres Metello foi convidado para dar a novidade mais forte. “O ano de 2006 vai ser marcado pela reforma do Estado e o que se fizer é que vai marcar a governação” avisou. Tomemos bem atenção nas palavras do homem, “para a gente não se enganar em relação à situação”[1].
A tarefa “exige muita divulgação e explicação”. Aviso ao governo – vejam lá se sabem enganar bem o povo – apliquem bem a demagogia.
E continuou:
“Há 112 serviços que vão ser extintos […] e já foi anunciada a criação de um quadro de excedentes com vista à mobilidade interna… isto vai mexer com a vida de dezenas de milhares de pessoas…” disse, estimando em “duzentos mil os funcionários atingidos”.
3.12.2006
Cartoons: Freitas toma mais uma posição
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O Futuro
Orlando Braga
3.11.2006
O Nosso Fado
Jorge Sampaio - Paula Rego
Esta pintura, encomendada por Jorge Sampaio a Paula Rego, é curiosa. Não vou discutir a sua beleza como obra de arte – eu sou um apreciador da pintura de Paula Rego – mas sim a imagem que Jorge Sampaio vai deixar e que este quadro ajuda a compreender.
Continua
As manifs em França
A contestação voltou às ruas de França. O governo de direita é especialista em arranjar inimigos. Agora quer impor uma lei, o Contrato Primeiro Emprego e o Contrato Novo Emprego, que permite aos patrões despedirem sem qualquer justificação, bastando um pré-aviso de 15 dias nos dois primeiros anos de emprego.
As manifestações juntaram trabalhadores e jovens estudantes numa saudável aliança pela estabilidade no trabalho e em greves estudantis que paralisaram já metade das universidades.
Mas a lei portuguesa ainda é pior. Os jovens poderão estar até 7 anos contratados a prazo, e, depois despedidos, poderão reiniciar novos ciclos de contratos a prazo até ao fim das suas vidas.
A epidemia
Orlando Braga
A Santa Educação
A “civilização� árabe
Orlando Braga
Efémero, felizmente
ado à 1,39h de 3 de Janeiro último e inicialmente assinado apenas por Constança Cunha e Sá, “O Espectro�, em que entretanto passou a escrever também Vasco Pulido Valente, rapidamente se constituiu no mais venenoso, maledicente e destrutivo dos blogs portugueses. A começar nos escritos de VPV e a acabar nos comentários que, de imediato, suscitavam.
Rapidamente, como acontece com tudo o que nasce para causar escândalo, teve uma subida meteórica no número de visitas.
E lá ia tudo de vento em popa, toda a gente feliz…
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.........................................SEGUE em O SÃtio do Ruvasa
3.10.2006
A tomada de posse da Cavaco e o não cumprimento de Louçã
Para alguns criar polémica no tocante a acções do Bloco de Esquerda, decorrentes da sua actividade polÃtica, é hoje um facto incontornável da polÃtica portuguesa. Ainda bem. No princÃpio achavam piada à irreverência do Bloco. Aplaudiam as suas propostas polÃticas fracturantes. Elogiavam a “coragem” de romper como “status quo”, relativamente a assuntos tabus. Destacavam a qualidade dos seus dirigentes e dos seus deputados, Francisco Louçã era considerado o deputado mais competente.
As televisões, os jornais, os comentadores, achavam “graça”. O Bloco era acarinhado. Finalmente qualquer coisa de novo estava a acontecer na cena polÃtica. O Bloco trazia para a discussão pública aquilo que outros recusavam debater. O Bloco actuava em contra-ciclo ao politicamente correcto. Trazia a ruptura polÃtica contra o conformismo. Introduziu um discurso novo, clamava por uma cidadania exigente, responsável e participativa. Logo na primeira eleição, elegeu dois deputados. O Bloco com o grupo parlamentar mais pequeno foi o mais interventivo, o que apresentou mais propostas, logo no primeiro mandato. Muitas das suas propostas foram aprovadas globalmente ou foram tidas em conta.
…
Mas o estado de graça desapareceu. Onde antes viam coragem e renovação, passaram a ver snobismo, folclore e … manias. Onde antes viam combatividade e coerência, passaram a ver radicalismo, presunção e … manias. Onde antes viam capacidade, competência, passaram a ver, radicalismo, dissimulação e… manias. Enfim! O Bloco começou a incomodar. O Bloco não transigia com a falsidade, a intriga, o consenso podre, com o formalismo hipócrita. O Bloco continuava a intervir, a denunciar, a combater as politicas anti-sociais, a reprovar as politicas económicas, as politicas fiscais, a criticar o modelo de desenvolvimento, a denunciar a corrupção, com firmeza, com clareza, sem tibiezas ou medos. E não se desviou do seu rumo; a luta pela alteração da sociedade com base na justiça social.
Já não há pais e mães em Espanha
Orlando Braga
Opa da PT (parte não sei quantas)
A administração da PT declarou guerra à OPA hostil da Sonaecom. Reage tarde e a má hora. É curioso ler o Zeinal Bava, em entrevista ao Jornal de Negócios, dizer que esta OPA hostil foi um "toque de despertar" à PT o que é um reconhecimento claro, de que até aqui têm andado a dormir.
Eu já tinha dado por isso enquanto lá estive. A sério.
Aliás, tirando os próprios administradores e o governo, todos tÃnhamos dado por isso. Vivem à sombra de uma concorrência fraca e de consumidores pouco exigentes. Inspirados em Galileu, Galilei, "entregaram" a PT à s leis da fÃsica; "À falta de uma força ou forças para impedi-lo, os corpos não sofrem alterações, tanto em movimento... como em repouso.
Agora acordaram! Finalmente. Mas acordaram virados para o lado contrário. À OPA da Sonaecom, fogem para a frente, esperando-se que há frente… não esteja o precipÃcio.
Conforme já foi anunciado por Horta e Costa e nesta entrevista ao J.Negócios, é reafirmado pelo cérebro destas operações, Zeinal Bava: "Aos trabalhadores também vão ser pedidos sacrifÃcios salariais".
3.09.2006
O insaciável
Os lucros astronómicos da EDP, 1071 milhões de euros, foram ontem divulgados. A astronómica soma beneficiou da venda da posição accionista da Galp – mas, mesmo sem essa venda a soma continuaria astronómica.
O espanto vem para as declarações do Presidente da Entidade Reguladora dizendo que se não houvesse um limite legal ao aumento dos preços da energia, este “teria sido de 14,6% o que terá gerado um défice tarifário de 400 milhões de euros”.