3.18.2006

A política de saúde e o caminho para o fim do SNS

João Semedo, renovador comunista, médico de profissão e director do Hospital Joaquim Urbano no Porto, suspendeu o cargo e tomou o lugar de deputado do Bloco de Esquerda, em substituição de Teixeira Lopes. Não podia ter começado melhor, João Semedo. No dia em que o Bloco interpelou o governo sobre a política de saúde, fez uma importante declaração política.

João Semedo diz que um ano de governação é tempo suficiente para saber os eixos da política desenvolvida por o ministério de Correia de Campos. E a sua principal linha é mandar fechar; o povo pagar mais pelos serviços de saúde; os profissionais aguentarem; e as mudanças de fundo que esperem.

“O governo tropeça num problema e a resposta é invariavelmente a mesma: o encerramento do serviço em causa, trate-se uma maternidade, de um hospital ou de uma urgência. Se o problema é o hospital, fecha-se. Se é na urgência, fecha-se.

Este ministério é uma comissão liquidatária não é um ministério”.

“Há serviços que não devem nem podem fechar por mais pareceres e relatórios técnicos que apontem nesse sentido. Nem tudo se pode resumir a questões “exclusivamente técnicas”, ou de limitação de custos, “insensíveis ao contexto local, à dimensão social e humana ou ao equilíbrio e solidariedade entre as regiões no acesso aos serviços públicos de saúde”.

 

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