3.16.2006

Quando as vítimas são as crianças

Vanessa, Yuri, Patrícia, Catarina. Crianças que recentemente foram notícia. Porque morreram em consequência de maus-tratos.


As estatísticas referentes aos casos de crianças maltratadas em Portugal são escassas.
O único estudo que conheço foi elaborado pelo Centro de Estudos Judiciários nos anos 90 e denunciava que surgiam por ano entre 30 a 40 mil novos casos de crianças maltratadas.
Mais recentemente, no Relatório da Unicef com referência ao ano de 2004 indicava-se que a nível mundial Portugal era o sexto país com maior percentagem de mortes de crianças por maus-tratos.


Também em 2005 o director da Organização Mundial contra a Tortura (OMCT), pediu ao governo português a realização de uma campanha de sensibilização contra os castigos corporais infligidos às crianças.


Um inquérito apresentado em Janeiro deste ano pela Inspecção-Geral de Saúde revela que seis crianças são atendidas nos hospitais portugueses por dia, vítimas de maus-tratos. Número que seguramente fica aquém da realidade em virtude de muitos centros de saúde e hospitais não registarem as crianças maltratadas que atendem.


A eles devem-se juntar muitos Infantários e Escolas que com igual posição privilegiada para a sinalização de crianças em risco, nada fazem.

 

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