5.31.2006
O suor vermelho das crianças de Timor
Algumas crianças corriam, abalroadas ou auxiliadas por jovens e adultos, todos em debandada, enquanto eu, atónito, voltava a observar o meu suor cristalino, comparando-o com o suor vermelho das crianças de Timor que tentavam evadir-se à casa dos mortos. O suor vermelho das crianças de Timor. Era sangue, e eu sabia-o. Mas não sabia se as crianças de Timor transpiravam como eu, quando pontapeavam uma bola. Não sabia, inclusive, se as crianças de Timor ponteavam bolas. Timor parecia corporizar a inflexão da ordem, com o suor tingido de vermelho e as crianças transformadas em bolas pontapeadas pela vida.
In Estranho Estrangeiro
5.30.2006
Energia nuclear II
Os contabilistas
Das notícias publicadas sobre o assunto sublinho os seguintes textos:
Ver a continuação em Cabalas.
O Raio
A porta está fechada?
Foi provavelmente uma das maiores campanhas a que já assisti na RTP!
Primeiro teve-se todo o cuidado na escolha dos convidados. Provavelmente as vozes mais discordantes eram a do Belmiro de Azevedo e a do CEO da Galp.
Até os dois jornalistas que estavam no público foram escolhidos a dedo.
Resumindo o que o programa nos tentou transmitir era de que a porta de saída de Portugal está definitivamente fechada.
Na prática há só duas opções:
1. Fazem-se já cortes drásticos na despesa do estado, cortando em tudo o que é social (reformas, educação, saúde, desemprego, etc.) e reduze-se d´rasticamente o número de funcionários públicos e de aqui a alguns anos talvez a economia recupere um pouco;
2. Não se fazem já estes cortes drásticos e dentro de poucos anos, cinco, dez, talvez mais um ou dois, o país estará na miséria.
Continuação em Cabalas.
O Raio
5.29.2006
A concorrência
Tudo, excepto os países, têm de concorrer entre si.
É realmente curioso mas fala-se muito da concorrência mas quando ela chega aos países, aí parece que já não é tão boa assim...
Mas voltemos á concorrência, promove a eficiência, defende o consumidor, melhora a produtividade, etc., etc.
Mas será mesmo assim?
Ver a continuação em Cabalas.
O Raio
5.28.2006
Canto consertado
Mas quando cá vim pretendia alterar o endereço de email do blog. Em vez de cantoaberto(at)netcabo.pt passa a ser cantoaberto(at)horabsurda.com
Pela Gerência,
Henrique Sousa
5.24.2006
Manipulação socialista da informação
Orlando Braga
5.22.2006
Congresso do PSD
Marques Mendes
Este congresso do PSD, ao contrário do que parece, foi dos mais interessantes congressos dos últimos anos. Não, não foi Alberto João Jardim que falou nos comunas, espera, até falou, mas o mais interessante nem foi isso. O que se passa no panorama político português é bem mais fracturante do que parece à primeira vista.
Continua aqui
A Caixa de Pandora
Orlando Braga
5.21.2006
Montenegro, referendos e Constituição Europeia
Para o referendo ser válido e o Montenegro ascender à independência serão necessários 55% de votos "Sim".
Cinquenta e cinco por cento? Porquê 55%?
É que a União Europeia declarou que não reconhecerá a independência do Montenegro caso o voto "Sim" seja inferior a 55%, mesmo se for superior a 50%!
A razão desta decisão foi dada por Javier Solana, o senhor PESC da UE, isto é, o responsável pela Política Externa e de Segurança Comum.
Interrogado por jornalistas o seu gabinete deu a seguinte resposta:
Continua em Cabalas.
O Raio
Montenegro, referendos e Constituição Europeia
Para o referendo ser válido e o Montenegro ascender à independência serão necessários 55% de votos "Sim".
Cinquenta e cinco por cento? Porquê 55%?
É que a União Europeia declarou que não reconhecerá a independência do Montenegro caso o voto "Sim" seja inferior a 55%, mesmo se for superior a 50%!
A razão desta decisão foi dada por Javier Solana, o senhor PESC da UE, isto é, o responsável pela Política Externa e de Segurança Comum.
Interrogado por jornalistas o seu gabinete deu a seguinte resposta:
Continua em Cabalas.
O Raio
5.20.2006
O vento que vem de Espanha
Orlando Braga
Diarreia mental do dia
Orlando Braga
5.18.2006
Elvas, Badajoz, Mário Lino e o iberismo
É que com o rumo que o nosso país está a seguir já mal me apetece falar...
É espantoso que depois das declarações iberistas do Ministro Mário Lino este tenha resolvido o assunto com uma mensagem para um blog a dizer que o que tinha dito não era o que tinha dito o que depois até foi reforçado pelo Primeiro Ministro.
Isto é, o Senhor Ministro, como cidadão tem todo o direito a ser iberista e, mesmo como governante também o teria se tivesse falado no assunto antes das eleições.
Mas agora não, o Senhor Ministro até teve o descaramento de dizer que desconhecia o significado de iberista!
Claro que esta declaração não é crível. O Senhor Ministro durante muitos anos foi membro destacado do Partido Comunista e se há alguma coisa comum aos comunistas é a sua cultura política. Não é crível que não soubesse o que é ser iberista.
É que se o senhor Ministro fosse iberista eu discordava dele mas respeitava-o. Assim o Senhor Ministro só mostra que além de iberista é cobarde e os cobardes não se respeitam.
Ver a continuação em Cabalas.
O Raio
5.15.2006
Ainda bem que não me entusiasmei demais
Não nos tirem o bife à Café Império...
A cidade de Lisboa está em risco de ficar mais pobre. O Bife à Café Império desapareceu.
Ver o resto em Cabalas.
O Raio
5.14.2006
Contra o fecho, pois claro!
Sou contra o fecho das maternidades. Como sou contra o fecho dos centros de saúde, de hospitais ou de escolas. Ou o fecho de espaços culturais, cinemas, teatros, bibliotecas, museus, salas de espectáculos, auditórios, pavilhões polivalentes, ginásios de escolas, cantinas, salas de convívio.
Devo ser contra o fecho de qualquer coisa. Fechar é apagar a nossa história. Fechar deve ser um último recurso.
Bem e quando se fecham serviços essenciais às populações, próximos das populações, úteis às populações, sou completamente contra. E se não estão em causa, como é o caso, condições de segurança, de qualidade da prestação dos serviços, da gestão adequado dos recursos, dos meios técnicos, sou, raivosamente contra.
Não se conhecem os critérios para o fecho das maternidades. Sabe-se que um deles é o de não realizar 1500 partos/ano. Os outros terão a ver com a qualidade e a segurança, diz o ministro. Mas isso não está apurado. Há maternidades que vão fechar com melhores resultados (menos complicações, menos mortes, menos cesarianas, etc..) que outras que se vão manter, segundo um ranking publicado há dias na imprensa.
5.13.2006
A Liberdade e os nazis em Vila Rei
Sou a favor da liberdade. Da liberdade toda. A liberdade para mim é um valor inalienável. Não troco a liberdade, por nada. Podem-me dar uma boa assistência médica, um bom sistema de ensino, uma boa politica de habitação, um bom emprego, alguns direitos sociais, não me podem é retirar a liberdade.
A liberdade de criticar, de escolher, de protestar, de fazer o que me der na real gana. Vestir-me como quero, calçar-me como me apetecer, usar cabelos curtos ou compridos, usar brincos ou tatuar-me. Quero a liberdade toda. Quero poder dizer não. Quero poder dizer não gosto. Quero poder dizer, o governo é uma merda.
Não quero a liberdade condicionada. Não quero a liberdade com regras. Não quero limites à liberdade. Quero a liberdade toda!
A justiça que tome conta do resto. Do abuso, da ofensa, da liberdade dos outros. A minha liberdade não a quer regulamentada. A minha liberdade quer ser livre e assumir a responsabilidade dos seus actos. Já nos basta a “liberdade” condicionada pela sociedade capitalista. Condicionada pelas regras e os bons costumes da moral cristã. A minha liberdade toda, quer, claro, a paz, o pão, saúde, habitação, para todos, quer como dizia o Sérgio Godinho, a liberdade para mudar e decidir.
A minha liberdade respeita a liberdade dos outros. A minha liberdade, vejam lá, permite a existência de organizações fascistas, o direito de eles se manifestarem, de exprimirem as suas opiniões, apesar de estarem proibidas constitucionalmente. Penso que já temos uma cultura política suficiente, para recusar essas bestas. Não farei contudo, como sugeriu um colega meu, surpreso, com esta minha posição, que para ser consequente, deveria lutar pela alteração da Constituição. Bem uma coisa é tolerar (não gosto nada desta palavra – fica para outra altura a explicação, mas que aqui tem pleno cabimento), outra coisa é fazer alguma coisa que lhes permita esse direito. Só faltavam pedir-me isso.
Jerónimo de Sousa e o Bloco
Jerónimo de Sousa disse ao Diário de Notícias, de 11 de Maio, que “o problema do Bloco é falta de ideologia”. Está certo!
De facto, o Bloco não tem a ideologia dominante da China. É verdade, o Bloco é contra o partido único, a fusão entre o partido e o Estado, a fusão entre o partido o Estado, o poder económico, legislativo e judicial, ou a fusão entre estes todos e o exército.
O Bloco é contra a pena de morte, a violação dos direitos humanos, e que um qualquer comité central possa mandar prender ou matar. Em Cuba, em Portugal, na China ou nos EUA.
O Bloco de Esquerda “tem causas e bandeiras”. Está certo.
Tem a causa dos trabalhadores e entende que o trabalho estrutura a posição das pessoas na sociedade. O Bloco defende a centralidade do trabalho mas não a confunde com centralidade sindical. O Bloco não é dono de nenhuma causa ou entidade sindical e entende que uma CGTP mais democrática, forte e independente é boa para os trabalhadores e para a luta social. Ao contrário de outros que fazem blindagem de estatutos de sindicatos – para que mais ninguém possa concorrer – se eternizam em lugares a tempo inteiro e entendem que o sindicato é a correia de transmissão do partido.
O Bloco defende a causa do respeito pelos direitos de todas as pessoas, seja por orientação sexual, género, classe ou etnia. O Bloco defende as causas da paz e da liberdade. O Bloco defende as causas do ambiente e dos direitos dos animais… porque o socialismo só o será se for expressão da libertação e da resolução de todas as contradições sociais.
A mega fraude dos sêlos
As instalações da empresa foram ocupadas pelas autoridades, os seus bens congelados e por aí adiante.
Resultado todos aqueles que depositaram dinheiro na Afinsa (ou no Fórum Filatélico que é do mesmo grupo) ficaram, para já, sem conseguir recuperar o dinheiro.
Agora as autoridades espanholas vão nomear administradores judiciais para a empresa. Estes administradores serão pagos pelos bens da empresa, isto é, pelos bens dos pequenos investidores que colocaram lá o dinheiro e como, simultaneamente, estes administradores param com os negócios é de prever, pelo menos é o que acontece normalmente, que no fim não sobre nenhum dinheiro para distribuir aos investidores e então diz-se que houve uma grande fraude... mas dos anteriores proprietários da empresa, não dos administradores judiciais que serão uns dos causadores da perca de valor da empresa.
De realçar que também poderiamos falar da mega fraude da banca que empresta a outros o dinheiro que os depositantes colocaram à sua guarda e se se procedesse com qualquer banco como se está a proceder com a Afinsa o banco falia em muito pouco tempo e os depositantes ficavam sem ver sequer a cor do seu dinheiro.
Ver a continuação em Cabalas.
O Raio
5.12.2006
A Liberdade e os nazis em Vila Rei
Sou a favor da liberdade. Da liberdade toda. A liberdade para mim é um valor inalienável. Não troco a liberdade, por nada. Podem-me dar uma boa assistência médica, um bom sistema de ensino, uma boa politica de habitação, um bom emprego, alguns direitos sociais, não me podem é retirar a liberdade.
A liberdade de criticar, de escolher, de protestar, de fazer o que me der na real gana. Vestir-me como quero, calçar-me como me apetecer, usar cabelos curtos ou compridos, usar brincos ou tatuar-me. Quero a liberdade toda. Quero poder dizer não. Quero poder dizer não gosto. Quero poder dizer, o governo é uma merda.
Não quero a liberdade condicionada. Não quero a liberdade com regras. Não quero limites à liberdade. Quero a liberdade toda!
A justiça que tome conta do resto. Do abuso, da ofensa, da liberdade dos outros. A minha liberdade não a quer regulamentada. A minha liberdade quer ser livre e assumir a responsabilidade dos seus actos. Já nos basta a “liberdade” condicionada pela sociedade capitalista. Condicionada pelas regras e os bons costumes da moral cristã. A minha liberdade toda, quer, claro, a paz, o pão, saúde, habitação, para todos, quer como dizia o Sérgio Godinho, a liberdade para mudar e decidir.
A minha liberdade respeita a liberdade dos outros. A minha liberdade, vejam lá, permite a existência de organizações fascistas, o direito de eles se manifestarem, de exprimirem as suas opiniões, apesar de estarem proibidas constitucionalmente. Penso que já temos uma cultura política suficiente, para recusar essas bestas. Não farei contudo, como sugeriu um colega meu, surpreso, com esta minha posição, que para ser consequente, deveria lutar pela alteração da Constituição. Bem uma coisa é tolerar (não gosto nada desta palavra – fica para outra altura a explicação, mas que aqui tem pleno cabimento), outra coisa é fazer alguma coisa que lhes permita esse direito. Só faltavam pedir-me isso.
A importância da blogosfera, Mário Lino deverá ir ao Parlamento
Ontem o CDS considerou que Tal posição ofende a Constituição da República Portuguesa, põe em causa a soberania do Estado, ofende a nossa História e deprecia a nossa língua e a nossa identidade e vai apresentar um requerimento para que Mário Lino vá explicar-se perante a Primeira Comissão Parlamentar (assuntos constitucionais).
Segundo parece já no Congresso do CDS/PP que decorreu no passado fim-de-semana, Pires de Lima, Telmo Correia, Nuno Melo e Ribeiro e Castro tinham criticado as declarações de Mário Lino.
Ver continuação em Cabalas.
O Raio
As "jotas" e a formatação mental
In Estranho Estrangeiro
5.11.2006
A actividade sindical, hoje.
A actividade sindical quase não existe,
Eu percebo-os.
Assomam sobre eles o medo. O medo das represálias, o medo da pressão, o medo de conotação, o medo de não renovarem o contrato, o medo de perder o emprego.
Predomina, igualmente, a ideia de que estas reuniões não adiantam nada, os discursos são palavreado repetido e de circunstância, reiteradamente ouvidos, sem consequências práticas, cantando vitórias inexistentes ou esboçando perigos iminentes, para por fim, fazerem uma declaração de guerra e serem convocados para jogos políticos de encomenda.
EURO-MILHÕES PARA UM MAFIOSO
5.09.2006
O monopólio da Justiça
Orlando Braga
9 de Maio, Dia da Europa
Então, Robert Schuman, Ministro dos Negócios Estrangeiros de França, leu uma declaração redigida por Jean Monnet, cujas primeiras linhas dão imediatamente uma ideia da ambição do que se estava a propor: "A paz mundial não poderá ser salvaguardada sem uma criatividade à medida dos perigos que a ameaçam". "Através da colocação em comum de produções de base e da instituição de uma Alta Autoridade nova, cujas decisões ligarão a França, a Alemanha e os países que a ela aderirem, esta proposta constituirá a primeira base concreta de uma federação europeia, indispensável à preservação da paz".
Em recordação desta data, em 1985, os chefes de estado e de governo da então CEE instauravam o Dia da Europa que se comemorou pela primeira vez em 1986.
Independentemente da bondade original da ideia o resultado, para Portugal e para alguns outros países está a revelar-se trágico.
O nosso desenvolvimento encontra-se totalmente travado num prazo indeterminado. Primeiro falou-se que antes do fim da actual legislatura a economia voltaria a arrancar, depois corrigiu-se esta previsão para 2010 ou um pouco depois. Agora até há quem fale em 2050, isto é, provavelmente nunca...
Ver a continuação em Cabalas.
O Raio
5.08.2006
Murmúrios de Maio
Entrava Maio e ainda corria um murmúrio vindo das ruas de Chicago desde 1886, que assinalava a vitória dos operários sobre as quarenta e oito horas de trabalho semanal. Ah, e a coragem daquelas mulheres que em 8 de Março de 1857 entraram em greve e ocuparam a fábrica na luta pela redução de 16 para 10 horas de trabalho diário!
7 de Maio. Nessa tarde estávamos na margem do Sena sentados no chão a desfolhar livros velhos num alfarrabista e a saborear uma cola. Ele, o alfarrabista, parecia ser um timorense simpático e bem humorado. Sabendo-me português, colocou-me nas mãos um livro de José Saramago, Levantados do Chão, com a capa já carcomida pelo tempo.
O alfarrabista dizia gostar de Maio e da força dos dias que em Maio para ele representam. Dizia gostar do Dia da Mãe, mas detestar as mães que, por miséria das maiores misérias, vendem ou abandonam os filhos. Dizia gostar do Dia da Mãe, mas mal dizer todas as mães barrigas-de-aluguer para ricos e burgueses. E dizia gostar das fêmeas selvagens porque defendem os filhos até à morte. Como as Mães de Timor
Quando o alfarrabista confessou estes gostos e desgostos, teve o meu acordo. Estava a lembrar-me das passagens da infância e das lágrimas de minha mãe pela falta do pão.
Continua aqui
Criminalidade e imigração
As entontecidas frases de António Ramos, presidente do Sindicato dos Profissionais de Polícia, já não são novidade. Agora, António Ramos sai-se com a de que “o aumento da criminalidade em Portugal deu-se com a abertura das fronteiras”. E que “o governo não devia deixar entrar tanta gente“.
(…)
O problema está na clandestinização da imigração. Impedidos de imigrarem legalmente para Portugal os imigrantes sujeitam-se às máfias de tráfico de seres humanos. Outros vêm com vistos de turistas e por cá ficam tentando ganhar seu ganha pão. Muitos patrões preferem imigrantes ilegais a ganhar metade do salário, sem descontos para a segurança social e sujeitos a horários de 12 horas por dia. Muitos roubam os passaportes aos seus trabalhadores, outros deixam de lhes pagar e denunciam-nos ao SEF que, em vez de promover a sua legalização determina a sua condução à fronteira ou aplica a expulsão.
(…)
A legalização dos imigrantes é um problema humanitário e de urgente resolução. Mas é também um problema de segurança social – os imigrantes são contribuintes líquidos da Segurança Social ajudando a pagar as reformas dos nossos velhotes e o nosso sistema de saúde. Os imigrantes são ainda necessários ao rejuvenescimento da população. Os imigrantes são necessários à economia, já contribuem com cerca de 7% do PIB.
No momento em que os dados apontam a redução da criminalidade, é o próprio Estado que liga segurança a imigração – é o próprio Estado que estimula os energúmenos.
5.07.2006
Mário Lino e a Comunicação Social
O Independente dedicou-lhe mesmo a capa. Além de O Independente tivemos a crónica de Fernando Madrinha no Expresso e um artigo de Jorge Ferreira no Semanário. Desconheço se houve outras notícias.
A crónica de Fernando Madrinha foca mesmo um ponto muito importante quando escreve que:
Ver a continuação em Cabalas.
O Raio
5.06.2006
(B)logo vens morfar?
(B)logo vens morfar?
5.05.2006
Obviamente demitia-os!
Volto a insistir.
Não podemos ficar quietos, calados e deixar esquecer, o que se passou na sessão da Assembleia da República na sessão antes da Páscoa.
Como foi tornado público e não foi desmentido, houve uma fraude, de vinte e oito deputados, que assinaram o registo de presenças e não compareceram, em nenhum momento da sessão.
Isto significa que no dia anterior, assinaram a presença do dia seguinte. Estamos perante uma ilegalidade; a assinatura antecipada do livro de registo de presenças.
Mas, tudo indica que ao registarem uma presença antecipada, não o fizeram inocentemente, mas sim, com a intenção de ludibriar e manter os benefícios, de uma ausência prevista.
A ser verdade e não diviso outra explicação quanto a outro motivo, os deputados em causa, pretenderam enganar o Estado e receber todos os benefícios constituídos, através da mentira e da fraude, de uma presença/ausência.
Stock options?
O mercado tem destas coisas. Não o mercado da minha terra onde compramos a fruta e o peixe fresco. O mercado mercado. Os negócios, os capitais, a economia…
Qualquer pessoa pode negociar na bolsa – desde que tenha dinheiro claro. Mas jogar na bolsa com a garantia de que se ganha sempre não é para todos. Mas é para alguns.
É quase como jogar no totobola, só com triplas e não se pagar nada.
Segundo percebo o caso é o seguinte:
As administrações das empresas cotadas em bolsa adoptaram uma moda internacional, as stock options, qualquer coisa parecida com “opções armazenadas”.
Acontece uma stock options quando uma administração de empresa decide atribuir aos membros do conselho de administração e a um determinado grupo de quadros (não é todos) da empresa a opção de poder comprar acções da própria empresa que ela própria tem em carteira a um determinado tempo.
(…)
Claro que o mercado de capitais é desenvolvido por gente inocente e desinteressada. Claro que os trabalhadores não têm que passar por estas responsabilidades e esta difícil gestão.
Claro que no caso do presidente do BCP, Paulo Teixeira Pinto, só podemos dizer que o homem é um empresário e um investidor dinâmico e criativo. Ganhou quanto? 922,7 mil euros? “Sem espinhas”?
Coitado do homem, ele até ganha pouquinho. Compreende-se, o país está em crise.
A Agenda Gay (1)
Sinais
5.04.2006
Não gosto!
Não gosto dos políticos, não gosto da política, não gosto dos partidos políticos, não gosto dos comentadores políticos. Não gosto!
E contudo, estou na política e a exercer um cargo público.
E não gosto, em particular dos políticos, dos partidos e dos comentadores de direita.
E não gosto de todos os políticos da esquerda à direita que fraudulentamente, assinaram o livro de presenças e pisgaram-se e particularmente os que nem sequer apareceram, assinando o livro de presenças!!? Esses estão todos riscados da minha lista. Se quiserem dar-se ao trabalho de ir mais abaixo, num outro post, estão lá os nomes de alguns.
Mas eu digo isto e sei que não estou a ser inteiramente justo!
Continua aqui!
Os três mitos
Sinais
5.03.2006
Espantoso!
Tem mesmo havido alguma cumplicidade da parte da Comunicação Social no sentido de apresentar a opção nuclear quase que como inevitável.
Um dos agumentos que tem sido avançado é que em Espanha há centrais nucleares, algumas até próximas do território português e que se já temos os perigos porque é que não havemos de ter os benefícios?
O Eng. Van Zeller (Presidente da CIP) foi um dos que avançou com este agumento juntando-lhe uma perfeita pérola de estupidez, a de que de qualquer forma já usamos electricidade produzida pelo nuclear pois importamos electricidade de Espanha. O que o Senhor Engenheiro esqueceu-se é que o problema da energia nuclear está na forma como é produzida, não no produto final (electricidade) que é sempre o mesmo quer seja produzido numa central nuclear quer o seja numa barragem ou numa central térmica.
E não é que agora a Espanha vai sair do nuclear? Ver em Cabalas.
O Raio
5.02.2006
Os ricos que paguem a crise!
Aqui há mais de vinte anos, muitas paredes deste país, de uma noite para a outra, foram invadidas, com pichagens. Não houve um muro, uma parede, pintadas de fresco ou não que não fossem varrido pela frase; Os rico que paguem a crise. Muita lata de tinta se gastou, muitos quilómetros se percorreu, muitas colagens de cartazes se fizeram, com esta frase emblemática.
(…)
Num país em que o fosso entre ricos e pobres se acentua cada vez mais e é o maior da Europa, talvez não fosse má ideia, voltar a pinchar as paredes com a famosa frase; Os ricos que paguem a crise.
Cada dia que passa sinto-me mais radical e esquerdista. Porque será? Eu que me considero uma pessoa moderada, compreensível, colaborante e avessa ao conflito.
Com o PS no poder os trabalhadores têm sido, sempre os mais prejudicados. Mais do que com a direita no poder. O povo português, parece que fica um pouco anestesiado. E a oposição à esquerda, menos acutilante e com especial respeito pela base social de apoio do PS.
A luta não pode deixar de ser feita quando os nossos direitos estão a ser postos
Sou a favor da Globalização
Sou a favor da Globalização. Sem qualquer dúvidas. Não sou um teorizador. Nem vou teorizar, sobre as vantagens ou desvantagens da Globalização. Falo da minha sensibilidade. Também, não sou um grande conhecedor da nossa história e da história mundial. Conheço muitos dos nossos feitos e dos nossos defeitos. O nosso papel no mundo, na civilização, em tempos idos. Reconheço, também, o papel positivo e também negativo de outras, mais antigas ou mais recentes que a nossa.
Mas disso, não vou falar, não me sinto capaz de ter uma discussão aprofundada e fundamentada.
Começo por dizer que não sou nada nacionalista ou patriota. O mundo para mim, não se divide, em países, nações, civilizações, religiões, raças, etnias e por aí afora. Sou profundamente um homem do mundo.
5.01.2006
Sou a favor da Globalização.
Sou a favor da Globalização. Sem qualquer dúvidas. Não sou um teorizador. Nem vou teorizar, sobre as vantagens ou desvantagens da Globalização. Falo da minha sensibilidade. Também, não sou um grande conhecedor da nossa história e da história mundial. Conheço muitos dos nossos feitos e dos nossos defeitos. O nosso papel no mundo, na civilização, em tempos idos. Reconheço, também, o papel positivo e também negativo de outras, mais antigas ou mais recentes que a nossa.
Mas disso, não vou falar, não me sinto capaz de ter uma discussão aprofundada e fundamentada.
Começo por dizer que não sou nada nacionalista ou patriota. O mundo para mim, não se divide, em países, nações, civilizações, religiões, raças, etnias e por aí afora. Sou profundamente um homem do mundo.
Demita-se, Sr. Ministro!
Orlando Braga
Ainda Mário Lino e o iberismo
Recomenda-se a leitura da discussão no AutoHoje online que é extensa e variada e que apresenta um texto do Eça de Queiroz que vale a pena consultar.
Ver a continuação em Cabalas.
Gradiva s/ visão e Visão c/ visão
Henrique Sousa
Flexibilizar os despedimentos?
Paulo Pedroso, ex. ministro do Trabalho e da Segurança Social, escolheu a véspera do 1.º de Maio para afirmar que a “rigidez que existe em Portugal ao nível dos despedimentos não é sustentável a médio prazo”. Isto vindo de um homem que era considerado da ala esquerda do PS, dias depois da derrota do CPE em França tem significado.
O mínimo que se pode considerar é que há uma corrida despudorada dentro do PS para ver quem se apresenta com melhores propostas de direita.
As últimas medidas, anunciadas pelo governo, de aumento da idade de reforma, de aumento do valor de desconto ou da antecipação da alteração da fórmula de cálculo das pensões, elevam a disputa e os desafios aos trabalhadores.