3.19.2006

À esquerda, pois claro!

Muita gente se afirma de esquerda e muito pouca de direita. Foi quase sempre assim. As pessoas de direita quase nunca se assumiram. Quando muito lá conseguiam dizer-se do centro, centro esquerda. No período imediatamente pós 25 de Abril, ainda se percebia. A situação era quente e a direita era associada a um retorno ao regime fascista. Muitos anos se passaram depois mas a direita sempre teve vergonha de se assumir. Já não era por medo. Não tinham razões para isso. Problemas de consciência, decerto. Se alguém teria motivos para esconder as suas preferências politica/partidárias eram (são) as pessoas de esquerda, em particular aquelas que trabalham no sector privado.

Há uns cinco anos, mais ano, menos ano, apareceram para aí uns ideólogos da direita, uns com alguns anos de militância politica na extrema-esquerda, “convertidos”, outros mais novos, com manias de uma superior capacidade intelectual, a dar algumas lições com toda a sua sabedoria arrogante e cheia de certezas, aprendida não sei em que manuais.

São os herdeiros dos grandes valores intocáveis do conservadorismo expressos na trilogia, Deus, Pátria, Família e agora também de George W. Bush. Eles estão por aí nos jornais, televisões e nos blogues na sua cruzada contra as causas “modernas” como a liberalização dos costumes e da moral cristã.

 

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