9.30.2006

Sim, concordo!

Eu ouço, leio e não percebo. Parece que alguns deputados, figuras (ou figurões) como Marcelo Rebelo de Sousa, Paulo Portas, Zita Seabra que sempre estiveram e continuam a estar contra a despenalização do aborto, (que vai ser sujeito a referendo em Janeiro) pretendem agora, despenalizar as mulheres que fazem o aborto!!? Não percebo mesmo… afinal querem ou não criminalizar as mulheres que interrompam a gravidez? Não é contraditório querer despenalizar o “crime” mantendo na lei que é “crime”? E um crime tem de ser penalizado ou não?

(…)

Quem tomou a decisão de interromper a gravidez acabará por fazê-lo, independentemente da lei prever a criminalização desse acto. Sempre foi assim e vai continuar a ser.

O problema é outro. Não se deve obrigar uma mulher a deixar nascer uma criança indesejada. Uma criança não amada. Uma criança para ser deixada ao abandono ou para ser entregue para adopção. O nascimento de uma criança é um acto sublime. A concepção desejada, pensada, no tempo certo, em condições socio-económicas e psicológicas adequadas, é uma criança amada antes de nascer. Atirar para o mundo uma criança, porque falharam os métodos contraceptivos, por descuido, ou por irresponsabilidade, isso sim é que um crime.

Um NÃO, não resolve o problema do aborto. Não dá segurança, tranquilidade, não evita o aborto clandestino. Um SIM, com acompanhamento médico, acompanhamento psicológico, feito em condições de higiene e salubridade, “protege” a mulher e pode ainda fazer, se for o caso, reverter a decisão de abortar.

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O Igualitarismo de Direita

Em Portugal (e na Europa), já não faz muito sentido falarmos em "esquerda" e "direita": faz mais sentido falar em bom-senso ou da ausência deste.

O Igualitarismo de Direita


9.29.2006

Tuteando

Abaixo os títulos. Viva o "Tuteio". Ou o "Voceio". Faz a tua parte: se és licenciado, recusa os títulos, faz questão que se saiba que te orgulhas do teu nome. Se não és licenciado, borrifa-te para os títulos: ele é "Você" e está feito! Quem não gostar, que enfie uma rolha.

Tuteando


A Segurança Social PC

No Canto Aberto, um colega bloguista escreveu sobre a Segurança Social e o modelo adoptado.

A Segurança Social PC


Segurança Social


Na Assembleia da República - debate sobre a Segurança Social - esteve em discussão muito mais que quantos mil milhões de euros custa cada opção dos partidos políticos. O que esteve na mesa foi que modelo de sociedade estamos dispostos a defender e quais os riscos que estão inerentes em cada opção.

Nenhum dos modelos era radical, ou melhor, inexequível e cada um dos lados tem argumentos fortes, ou seja, ou estávamos dispostos a adaptarmo-nos à globalização ou estávamos convictos que há objectivos que não devemos abdicar por causa desse fenómeno. E cada uma das opções, não nos iludamos, tem sérias consequências.

Continua aqui

9.28.2006

Em bandeja de prata

Em bandeja de prata

Pede-se a repostagem ao autor. Imagem com largura excessiva e sem URL válida.

Henrique Sousa

Dores de alma e muito nojo!

Há coisas que doem muito. Os despedimentos colectivos são uma dor de alma. São dramas sociais penosos. Hoje fecha uma empresa, amanhã fecha outra e mais outra, depois de amanhã outra e mais outra e são milhares de pessoas e famílias inteiras atiradas para o vão da desgraça do desemprego. Como cães vadios, são abandonados e atirados à “sorte” da vida.

Arrepio-me quando penso em cerca de quinhentos mil trabalhadores desempregados. Arrepio-me ouvir dizer que são ciclos económicos e que é “normal” haver tantos desempregados, “num país de pelintras”. Arrepio-me quando “isto” são apenas números para alguns e não pessoas com os seus dramas e os problemas pela frente. Arrepio-me saber que há pobres, muito pobres, miséria, muita miséria, fome, muita fome e achemos isto natural. Que raiva!

Apetece-me partir a cara aos homens do Compromisso Portugal quando dizem, com uma frieza cortante, que são necessários despedir duzentos mil trabalhadores na função pública. Apetece-me ir às trombas dos patrões que encerram mais uma empresa, porque ali, noutro sítio qualquer dá mais lucro, porque exploram ainda mais aos trabalhadores. Agora mesmo tenho conhecimento que a Johnson Controls, vai despedir todos os 650 trabalhadores. Que dezenas de trabalhadores da Blaupunkt uma semana depois do ministro das finanças, anunciar um investimento, pelo ministro da Economia, de cerca de 26 milhões de euros num projecto de modernização da Blaupunkt, com o patrocínio da Estado, vão para a rua.

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O Estado comete ilegalidades graves.

Uma pequena nota, meio escondida, no Diário de Notícias de ontem, dá-nos conta de uma situação ilegal cometida pelo Estado Português. A notícia passa despercebida a um olhar menos atento. E não vi que outro meio de comunicação fizesse eco deste assunto.

Segundo o DN, o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) em 2003, deu instruções ao consulado português em Londres, para os trabalhadores do consulado, a termo certo, não fazerem descontos para a segurança social britânica e não reter o desconto devido para o IRS. No contrato, assinado entre as partes, o MNE introduziu uma cláusula ilegal em que as obrigações fiscais ficariam a cargo do contratado, à margem da lei portuguesa, e não è entidade patronal.

Completo aqui

 

Não fazer os trabalhos de casa

O Miguel Sousa Tavares é um bom escritor e um homem inteligente. É também, uma pessoa corajosa, independente e um bom observador. As suas apreciações sobre muitos assuntos são pertinentes, perspicazes e astuciosas. Tem um estilo único e polémico. Não sei, neste tempo todo, se estive mais vezes de acordo ou em desacordo com as suas análises. Sei é que perdi a confiança sobre as suas certezas. Um facto particular, levou-me a esse desfecho. Depois disso passei a estar mais atento aos seus comentários e às suas crónicas e reparei uma grande ligeireza na abordagem aos temas que antes nunca tinha reparado.

Hoje ao ouvir os seus comentários feitos na TVI a propósito das diferentes propostas dos partidos sobre a segurança social, pensei para comigo, como é fácil de ser comentador e ganhar dinheiro, dizendo rigorosamente nada. Apenas banalidades. O que um homem comum diria, se naquele momento acabasse de ouvir as notícias na TVI sobre o debate de hoje, na Assembleia da República sobre a Segurança Social (o que também não abona sobre a qualidades das notícias e dos jornalistas).

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Secularismo ameaçado de extinção

Depois, em função de uma realidade que tu ajudas a criar, tu, secularista e ateu militante, cais em contradição: dizes que temos que importar imigrantes muçulmanos e de outras religiões, animistas incluídos. A solução está na imigração de gente, na maioria muçulmana. Mas diz-me uma coisa: onde está a tua coerência? Será que pensas, que tens massa cinzenta?

Secularismo ameaçado de extinção


Nova teoria sobre o 11 de Setembro

A TEORIA DO "11"
A conclusão do final merece alguma credibilidade.

O 11 passou a ser um número inquietante.

Ver a continuação em Cabalas.

O Raio

9.27.2006

Aborto

Dedico este post aos que defendem o "aborto por amor".

Aborto

9.26.2006

Ataque nuclear da Al-Qaeda?

Segundo informações recolhidas em fóruns islâmicos na Internet, a Al-Qaeda prepara-se para um ataque nuclear contra os EUA, segundo fontes próximas do especialista nuclear da Al-Qaeda, Adnan El-Shukrijumah.

Ataque nuclear da Al-Qaeda?

A conspiração contra o casamento

O que uma elite pseudo-intelectual multiculturalista (de tipo "caviar") está a tentar colocar em marcha, é o retorno à barbárie, a defesa de uma cultura decadente, que o próprio terceiro mundo abandona já. É nossa obrigação travar essa gente, utilizando todos os meios ao nosso dispor – e quando digo "todos", não excluo, obviamente, nenhum. Para bom entendedor…

A conspiração contra o casamento


9.25.2006

Annum Luciferum MCMLXXIII (II)

E foi isto que o Cabalas se esqueceu de dizer; não digo que tenha sido intencional por parte do Cabalas: às vezes, movidos pelas nossas prioridades, relegamos para segundo plano o que consideramos ser "simples detalhes". E aqui estou eu para ajudar a contar a história completa.

Annum Luciferum MCMLXXIII (II)


A ética da esquerda

Sob o ponto de vista ético (e moral), a esquerda já não é esquerda: é o seu reflexo numa sala de espelhos.

A ética da esquerda

A catástrofe do 11 de Setembro

O 11 de Setembro ficará para sempre como uma página negra da História da Humanidade.

Ver o resto em Cabalas.

O Raio

9.24.2006

“Eu sabia”, she said

Queria dar os parabéns à articulista pelas brilhantes conclusões a que chegou. Infelizmente, dado que não me sinto capaz de acompanhar tão elevado nível de raciocínio lógico, prefiro manter a minha ignorância e por isso, vou retirar o blogue da lista. Prefiro a história do coelhinho que vai com o Pai Natal ao circo.

"Eu sabia", she said


Bronca em Estocolmo

De qualquer modo, já era tarde demais e o génio havia saído da garrafa: o homem era declarado culpado das alterações climáticas! A frasezinha acrescentada por Ben Santer no resumo executivo do relatório do IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change) deu a volta ao mundo mediático.
Leia tudo aqui.

9.23.2006

Moçambique: o que fica para a História

Texto excrito por lain Sproat, deputado ao Parlamento Britânico, em prefácio do texto de Kaúlza de Arriaga "A Resposta Portuguesa".

Moçambique: o que fica para a História


9.22.2006

Uma luz ao fundo do túnel II

A 26 de Maio de 2004 coloquei neste blog um post intitulado "O futuro da União Europeia"".
Neste post referia que Milton Friedman, o economista norte-americano, prémio Nobel da Economia só dava alguns anos de vida ao Euro.
Esta observação já tinha sido expressa noutro post, de 8 de Setembro de 2004, "Que nos irá acontecer" onde referia o seguinte:


Ver a continuação em Cabalas.

O “mea culpa” dos patrões

O que os patrões portugueses fizeram em directo ontem na TV foi o exorcismo público da sua culpa; um país onde as remunerações de depósitos bancários são os mais baixos da Europa e onde os bancos mais cobram pelos empréstimos a particulares, é a ponta do icebergue e diz bem do que é a filosofia intrínseca do empresário português padrão, uma classe empresarial ao nível de um país da América Latina. E depois, o Estado é quem tem a culpa toda.

O "mea culpa" dos patrões


9.21.2006

Casamento (2)

Muita gente não sabe, mas a União de Facto não é a mesma coisa que o Casamento.

Casamento (2)


A Vida por hipótese, não tem hipótese (2)

A extrema dificuldade das teorias de origens é que elas não podem ser falsificadas – o evento original não pode ser repetido para podermos falsear ou não nossas teorias.

A Vida por hipótese, não tem hipótese (2)

Casamento

Ocorre hoje um fenómeno que é o de casais jovens viverem juntos anos a fio, terem os seus filhos e não se casarem. Pergunto-me o que leva um casal na casa dos trinta anos, com dois filhos, que vivem ele e ela juntos há 10 anos, a não celebrarem o seu casamento em Registo Civil. Os casos generalizam-se.

Casamento


Uma luz ao fundo do túnel?

Este artigo do EuObserver traz-nos alguma esperança.

Ver a continuação em Cabalas.

Viva o terrorismo!

Este deve ser o grito dado em Bruxelas e noutras capitais europeias por todos os fanáticos da integração europeia.

Continua em Cabalas.

9.19.2006

Com licença

O PCP anda a irritar-me

Regressei à actividade política com o Bloco de Esquerda.

Há muitos anos, mais de vinte, tinha deixado a actividade partidária, depois de muitos anos de intensa e sincera militância. Um dia nos anos oitenta, fui-me embora, desgostoso e decepcionado com os caminhos trilhados pela minha extrema-esquerda. Estava na UDP.

Percebi que o caminho não era aquele. Dei-me conta de alguns abalos nas minhas convicções ideológicas. O “meu” comunismo não era aquele. Como não o era o defendido pelo PCP. A minha visão idílica de uma sociedade comunista abalou. Os países “comunistas” do Leste europeu, há muito que me tinham desiludido. Descobri, mais tarde que os “meus” países comunistas, também não eram “comunistas”. Não eram aquilo que aprendi sobre o comunismo.

Na altura, não colocava em causa o comunismo. Agora ponho muitas coisas em causa.

Agradava-me a utopia de uma sociedade sem classes, o idealismo de “a cada um segundo as suas necessidades de cada um conforme as suas possibilidades”. Agradava-me a simplicidade de uma sociedade em que a riqueza fosse partilhada.

Agradava-me e agrada-me.

Contudo, algumas teorias evidenciaram-se mesmo desadequadas. E as práticas ainda piores. O modelo de organização do Estado e do partido comunista mostrou-se mesmo desastrado e contraproducente, tendo conduzido os países a novas ditaduras e a um novo capitalismo.

(…)

Este PCP está a ajudar a que deixe o Bloco de Esquerda. Começo a descrer na capacidade da esquerda se emendar. Diz o José Mário Branco, numa das suas fabulosas canções, “depois de tantas guerras já não sei fazer as pazes”. Talvez seja isto. Não estou disposta a dar muito mais para estes peditórios. Vou sair. Com licença.

Ler tudo aqui

 

9.18.2006

O prédio do Coutinho outra vez.

O prédio do Coutinho foi hoje tomado administrativamente. Com muita controvérsia como seria de esperar. E também muita imposturice.

A sua construção desproporcionada, há mais de trinta anos, acabou por ser aprovada, no início dos anos setenta por uma comissão de estética, com o argumento de que “na horizontalidade da cidade ficava bem um prédio em altura”. Este argumento não convenceu ninguém. A construção do prédio de Coutinho foi desde o início muita contestada pela população e envolvida em polémica. As suspeitas de “favorecimento” ao proprietário, Coutinho, recém-chegada da República do Congo (antigo Zaire), eram muitas.

Em Março 1974 foi o próprio governo Marcelista a mandar “suspender imediatamente as obras de construção do edifício”. Com o 25 de Abril e o período conturbado que se seguiu a construção do prédio do Coutinho prosseguiu, sem grandes problemas. Nessa altura, julgo, o prédio do Coutinho aumentou ainda mais em volumetria.

(…)

Nesta fase a solução não pode ser outra. O programa de requalificação urbana não pode parar, as consequências financeiras seriam, talvez ainda piores. Os moradores fazem pela vida é um direito que lhes assiste, mas a Câmara também cumpre e bem, neste caso, o seu papel.

Completo aqui.

Legalidade reposta

Dado o desrespeito pela norma de "que todo e qualquer post deva ter um link para o blog-autor", o post não identificado foi retirado, permanecendo só o título. Sei quem foi o blog-autor, pelo registo na blogger, mas esse autor já não poderá postar mais. De resto, não tenho outras razões de queixa, o blog tem corrido bem demais e por vezes esqueço-me de cá vir espreitar. Obrigado ao autor de Letras Com Garfos por ter detectado a fraude.

Agradeço aos membros que contactem comigo, caso se tenham esquecido do email para postar. Novos membros terão que se identificar pelo blog de origem e, desde que o blog dê garantias de seriedade, será considerado. De notar que o Canto Aberto nunca teve uma política de convites, mas principalmente de adesões. Para evitar a prevalência de tendências.

Henrique Sousa, de momento administrador deste blog.

Canto Aberto

O Documentário "Loose Change" passou na TV portuguesa. Nenhum blogue credível se pronunciou sobre o documentário de uma forma favorável ou corroborante, porque os blogues credíveis são feitos por gente inteligente. Anonimamente, isto é, sem mencionar quem o teria colocado lá, o vídeo do "Loose Change" foi colocado aqui. Se fosse colocado anonimamente num blogue qualquer, não me importaria; sendo no Canto Aberto, importo-me: o blogue foi tomado de assalto.

Canto Aberto


9.16.2006

Pa(c)tos

Descompressão?


Depois de uma sucessão de anos em que as notícias económicas eram deprimentes eis que chega a bonança. Na minha opinião apenas para voltarmos a cometer os erros do passado - o ritmo reformista abranda, nenhuma mudança de fundo está feita, o tecido empresarial continua pobre e a empobrecer - mas, de qualquer maneira, finalmente boas notícias.

A execução orçamental, realisticamente, corre bem melhor que no passado - bendito crescimento económico que, afinal, sempre foi a chave do problema - com a receita pública a crescer 7,7 por cento e a despesa a aumentr 2,8 por cento, com um grau de execução de 65 por cento até Agosto. Fica por saber, como muito bem avisa o ministro das Finanças, se as autarquias - que agora até negoceiam a cedência de créditos futuros com a banca (é chocante!) - e as regiões autónomas estão a ter um desempenho idêntico à Administração Central.

Continua aqui

Negócios suspeitos

Acabo de ver na SIC Notícias uma entrevista de José Sá Fernandes, vereador eleito à Câmara de Lisboa pelo Bloco de Esquerda, sobre negócios em terrenos da EPUL, (Empresa Pública de Urbanização de Lisboa) altamente duvidosos. Não deu para perceber tudo, mas a ideia que retive é que ali à tramóia da grossa.

Os administradores da EPUL, já demonstrarem, no mínimo, serem de honorabilidade duvidosa. Ainda há dias foram obrigados a devolver prémios, atribuídos a si próprio, por “bom desempenho”, prémios cujo valor total é quase igual aos resultados líquidos de 2005. Além de amoral, os resultados de exploração não o justificavam, nem a legislação previa prémios de desempenho em empresas municipais, eram ainda ilegais face a um despacho do Governo, proibindo a atribuição de recompensa extraordinárias a todos os gestores públicos, nesses anos.

Agora, Sá Fernandes suspeita de novas irregularidades, prejudicando a Câmara Municipal em um milhão e trezentos mil euros, em benefício de uma empresa privada, sem nenhum vínculo aos negócios dos terrenos vendidos pela EPUL.

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Prémios por objectivos

O governo vai experimentar a atribuição de prémios por objectivos nas Administrações públicas com os CTT e eu acho bem. Sou dos que defendem o valor do mérito na regulação de uma carreira profissional. Para todos. Sobre isso não tenho nenhuma dúvida. E defendo o mérito associado ao cumprimento de objectivos, também. Mas não como única condição. Pode haver mérito e pode não haver cumprimento de objectivos. Sei que é assim. Pode haver competência, conhecimentos, excelentes desempenhos profissionais e não se conseguir atingir os objectivos propostos. Por várias razões: alterações conjunturais, imponderáveis incontroláveis, má planificação, objectivos excessivos, etc.

A regulação de uma carreira com base no mérito é compreensível. Uma carreira construída com base na antiguidade não faz sentido. A antiguidade não afere nada. Nem conhecimentos, nem competências, nem desempenhos. E é desmotivador. Basta ao trabalhador encostar-se ao tempo, para ser promovido, fazendo pouco ou muito, sendo bom ou mal profissional. É desleal para quem se aplica e cumpre com profissionalismo. A antiguidade deve ter um custo para agraciar um passado e uma experiência profissional, mesmo assim, mas deve ser recompensada, através de diuturnidades ou anuidades, não mais do que isso.

As experiências que conheço dizem-me, contudo, que o sistema de avaliação com base no mérito, mal concebido, mal interpretado ou engenhosamente forjado, provoca distorções, divisões e individualismos perniciosos. Tendo em contas estas dimensões o sistema de avaliação deve prever ponderações de graus diferentes, valorizando o espírito de equipa e menos ou mesmo nada, a competição individual. (…)

Dito isto, entendo [que] se não conseguir atingir os objectivos não deve ser premiado. É muito simples. Mas o Governo não pensa assim e quer premiar os gestores públicos se conseguirem atingir 85 por cento dos objectivos. (…)

Completo aqui

9.13.2006

A (in)segurança social

Já ninguém tem dúvidas hoje de que há um problema grave na sustentabilidade da Segurança Social. Mudou muita coisa nas últimas décadas. A relação entre beneficiários e contribuintes é hoje muito nivelada. Descontam dois para receber um. Daqui a nove anos, se nada for feito, será o contrário, segundo um estudo do Governo e consensualmente aceite. A pressão demográfica o aumento da esperança de vida, a entrada tardia no mercado de trabalho, o desemprego, tornam a situação insustentável. Já deveria ter sido feito algo. Os governos não ligaram nada a este problema e para cúmulo, deixaram de transferir verbas para o fundo de capitalização, previstas na lei. E desviaram verbas para outros fins em tempos de grandes excedentes. Agora parece terem despertado, mas com propostas levianas. E com medidas violentas, sempre em prejuízo dos que suportam mais dificuldades. Este centrão de interesses não quer saber do que é importante entretido que anda nos jogos eleitorais e em servir as clientelas.

( …)

A proposta do PS vai pelo lado fácil das soluções, mas mais difícil de engolir para os trabalhadores: Mais descontos, mais tempo de serviço activo, diminuição muito significativo das pensões (à revelia das promessas eleitorais). É muito pouco e bastante agressiva. Não tem conta a diversificação e novas formas de financiamento. É excessiva no dramatismo porque despreza o combate à economia paralela, à integração e regularização dos imigrantes no sistema, à criação de emprego.

A proposta do PSD é o fim prematuro do sistema universal. A quebra de receitas com o desvio para fundos privados mata o sistema. O que importa é diversificar e aumentar os financiamentos e não desviar ou encolher as contribuições. Não tem pés para andar a proposta nem pode ser aceite. É uma privatização disfarçada. Só o estado pode garantir um serviço social.

A proposta do PCP é defensiva. Não é aceitável que sejam só as empresas a suportar esta sobrecarga enorme. O problema da sustentabilidade da Segurança Social é real não é imaginário. Não se resolve atirando para canto o problema. Quem pode contribuir mais, deve contribuir mais, mas deve contribuir quem pode contribuir.

A proposta do BE é a mais razoável. Parte do princípio da universalidade que implica não deixar de fora ninguém e de todo o rendimento contribuir para o financiamento do sistema. Cada um deve pagar segundo os seus rendimentos. Neste momento estão de fora da contribuição para o sistema, mais de metade da riqueza nacional.

Tudo aqui.

 

9.12.2006

O Henrique numa hora absurda.

Não conheço o Henrique, pessoalmente. Conheço-o pelo que escreve, apenas. E conheci-lhe pequenos gestos reveladores de uma personalidade. Conheço mesmo muito pouco do homem e do profissional. Do professor, não conheço rigorosamente nada do investigador conheço-lhe um livro. Um livro que faço destaque aqui na coluna do lado direito. Defini assim a homem a propósito do livro: a inteligência, a qualidade a irreverência. Pois é… é assim que vejo o homem, escritor, professor, investigador.

Henrique é um homem bom, tenho a certeza. É a minha intuição. Agora está zangado. Porque não gostou de ser criticado -da forma que foi; porque é um homem livre.

(Ver resto)

9.11.2006

Sim, mas...



Não consigo descansar sem tirar algo a limpo. Quem mais, para além de mim, acha que o nosso Presidente da República é a personagem mais monótona e entediante que invadiu os nossos lares no tempo mais recente? Ainda digo mais, serei o único que acha que o nosso distinto Presidente da República consegue destacar ainda mais a inconsequência do seu cargo?

(Continua)

Meu caro…

Never wrestle with a pig. You get dirty and only the pig enjoys it.

Meu caro…


Nova morada

 

Mudei para a plataforma Word Press.

Assim, a partir de hoje, o meu novo endereço é este.

Espero continuar a merecer as Vossas visitas e comentários.

Obrigado.

Na minha mesa, não!

de repente, aparece uma casta de gente imberbe que pensa remotamente em se candidatar a um estatuto de Pacheco Pereira, Vital Moreira e outros, utilizando a blogosfera, o que é verdadeiramente um fenómeno de estupidez redentora;

Na minha mesa, não!


9.10.2006

O Gil Vicente e o Doutor Vilaça

Li na Visão o seguinte:


“Durante a Assembleia Geral do Gil Vicente, realizada quinta-feira no Pavilhão Municipal Cidade de Barcelos, e que serviu para os sócios darem plenos poderes à direcção do clube para tomar as medidas que entenda mais adequadas à defesa dos interesses da instituição, o advogado José Luís Cruz Vilaça revelou que pondera recorrer ao Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias para resolver o caso Mateus.”


Pelo que tenho visto escrito por aí há muita gente que até concorda com isto.
Vejamos isto tudo com um pouco mais de pormenor.
Para já, quem é que é o advogado José Luís Cruz Vilaça?

Ver a continuação em Cabalas.

O aborto serve um sistema bem definido

O aborto liberalizado é uma forma de racismo social e/ou baseado na cor da pele e /ou nas possibilidades económicas em assumir a plena maternidade.

O aborto serve um sistema bem definido


9.09.2006

A moda não pegou (em português puro)

Em França, com Nicolas Sarkozy como Presidente da República, não haverá "casamento" gay nem adopção de crianças por duplas de homossexuais.

A moda não pegou (em português puro)

9.08.2006

EDUCARE, blog de uma E.E.

Não, não é um blog de uma Espertalhona Estúpida, é de alguém que se diz Encarregada de Educação, e que montou esse blog há pouco tempo para apoiar essa avantesma que é a ministra da Educação. Até prova em contrário, trata-se, para mim, de um blog patrocinado pelo governo, por este governo de crápulas que inventa tudo para sacanear o Zé Povinho e proteger as cavalgaduras dos TIOS que nos chupam até a última gota de sangue, sendo que o mais perverso deles (tios) é o Belmiro de Azevedo, o novo Rei de Portugal e dos Algarves e do Brasil e etc..
CONTINUA

9.07.2006

Lutando pelo meio-termo

Se o Islão, em termos de ortodoxia religiosa, se radicalizou nos últimos cem anos, o Ocidente também o fez, em sentido contrário. A única forma de demonstrarmos aos islamitas integristas que eles não têm razão, é lutando pelo meio-termo no Ocidente, evitando os radicalismos que apregoam que tudo é permitido em nome do relativismo e de uma pretensa liberdade individual.

Lutando pelo meio-termo




9.06.2006

Bravo, bravíssimo!

...
O que eu sinceramente temo é que um dos extremos se imponha, como sempre tem acontecido. E os sinais disso são demasiado evidentes. E haverá sangue, lágrimas e ranger de dentes? E passaremos a ser governados por "abortos" que mandam "eutanaziar" os "homossexuais". Bravo, bravíssimo!

Começa aqui

Alunos do Sr. Eugénio

Conheci mais professoras do que professores primários, até me quer parecer que se tratava de uma profissão preferida pelas mulheres. Mas não eram mulheres quaisquer, algumas eram autênticas feras, havendo algumas que raiavam o sadismo. Continua.

9.05.2006

Misoginia islâmica politicamente correcta

Houve alguém que criticou as batas dos médicos e enfermeiras do Hospital de Matosinhos. Gostava de ver a esquerda a condenar também esta imagem abaixo.

Misoginia islâmica politicamente correcta


Excessos da... FIFA


Pode uma associação proibir que os seus membros recorram aos tribunais civis?

Antes de contribuir para a confusão (porque caos é uma palavra muito forte para ser utilizada no contexto dum desporto) em que está envolvido o nosso desporto rei tenho que fazer uma nota prévia. Desprezo todo e qualquer dirigente que alimenta polémicas, divisões e insultos e que não está, em primeiro e último lugar, focado para o espectáculo (a vertente entretenimento), para os resultados desportivos e para a credibilidade financeira do clube. Dizer o que disse é o mesmo que dizer que desprezo quase todos os nossos dirigentes. Posto isto, vamos ao que me interessa focar na chamada "Ligacaos" ou "Caso Mateus".

(Continua aqui)

9.04.2006

Até um dia

Querem calar quem não concorda; promovem uma ditadura cultural, aplicam o insulto Ad Hominem cobarde, protegido pelo anonimato, tentando calar quem tem argumentos, amordaçando. E sabem qual pode ser o resultado? O silêncio de uma maioria. Até um dia.

Até um dia


[os cúmulos da imbecilidade]

Discute o Público de hoje [que já é ontem, Domingo] o facto de alguns blog serem agora utilizados por empresas como veículo de publicidade. Não critico. Desde que seja bem claro o espaço dedicado à publicidade e o destinado à livre opinião. Bem mais inquietante é ler, na mesma notícias, que há empresas que pagam aos blogger para falarem bem dos seus produtos nos posts. Em suma, a blogosfera perdeu a virgindade, se alguma vez a teve.
Porém, tão grave como sabermos que quando lemos um post na blogosfera, a informação nele contida pode estar a ser paga é constatarmos que o mundo dos blogs cria também espaço para que muita imbecilidade seja escrita (mea culpa, se alguma vez o fiz).
Até descobrir este blog (Bar Velho), o Letras com Garfos era o campeão absoluto da deturpação e da afirmação da imbecilidade.

[continua aqui]

9.03.2006

Letras com garfos para comunistas caviar

Em resposta a este post, que se referira a este, tive esta réplica. Gostei, a sério. Confirmo não ter rebatido nenhuma afirmação do seu post. Mas tenho razões fundadas para não o ter rebatido. Pois é isso. Senti-me “esmagado” perante juízos tão profundos e certeiros. Fiquei incapaz de reagir. Sem palavras. Por isso resisti, não reagi. As minhas desculpas. Sou um bocado intempestivo.

(…)

 

Será que desta vez respondi?

A quem serve a livre imigração?

A verdadeira imigração positiva é a de quadros especializados, sejam os imigrantes pretos, amarelos ou roxos; Portugal, em vez de os procurar, exporta-os hoje, quando sabemos que a nossa Inteligentia procura outras paragens. Sócrates e os neoliberais preocupam-se com os canalizadores polacos e os varredores de ruas, enquanto os nossos cérebros abandonam o país.

A quem serve a livre imigração?


O ódio

O Bloco age por modas; tem no libertarismo o seu paradigma político, e foi esse libertarismo que instituiu um partido pedófilo na Holanda. Que garantias podemos nós ter que o Bloco não venha a propor a adopção das mesmas posições no futuro? Nenhumas.


O ódio

9.02.2006

O Monstro

É claríssimo que o apoio à esquerda a este governo vem do Bloco de Esquerda; e se o Bloco apoia tacitamente este governo, deve ter contrapartidas.

O Monstro


Louçã quer saber a verdade

Ora, a minha verdade é a seguinte: o governo, ao dizer que há 405 mil desempregados, está a mentir com todos os dentes que tem (e são muitos), porque o número de desempregados é muito menor, nem sei se chegará aos 100 mil. Continue a ler

9.01.2006