4.30.2006

Desafios Blogosféricos

Neste post, a Amorizade (Jacky) lançou-me um desafio (a mim e a mais 4 bloggers), numa espécie de desafio blogosférico em cadeia, a que respondi aqui. O problema destas cadeias blogosféricas é que os participantes perdem "o fio à meada", porque as opiniões dispersam-se sem possibilidade de que todos os que nelas participem fiquem a saber a maior parte das opiniões publicadas.

Lembrei-me de "normalizar" este tipo de desafios: aqui ao lado na barra lateral, coloca o link para um desafio em curso ou sugere um novo desafio ou tema.

Orlando Braga

O que move o activismo gay?

O activismo gay anda numa azáfama, protestos com baba e ranho para conseguir o "casamento" gay; depois de o conseguir, borrifam-se totalmente para a concessão e cedência em toda a linha por parte da sociedade. "Não há cu que os aguente", como dizia, com toda a propriedade e legitimidade, o Ary dos Santos.

Orlando Braga

Fw: Golpe na Galp!!!........


----- Original Message -----
From: "galaxia sonar" <mybluee@hotmail.com>
To: <jtelesdasilva@gmail.com>; <marques.carlos@sapo.pt>; <cjgt@msn.com>;
<dias_augusto@netcabo.pt>; <hjesu@netcabo.pt>; <henriquedoria@netcabo.pt>;
<eximproviso@hotmail.com>; <letrasaoacaso@hotmail.com>; <raulja@sapo.pt>;
<inepcia@inepcia.com>; <fpaiva@mail.telepac.pt>; <ruvasa@netcabo.pt>;
<sagit_126@hotmail.com>
Sent: Saturday, April 29, 2006 10:49 PM
Subject: FW: Golpe na Galp!!!........

>
>
>
>>From: "Susana Garces" <susanagarces@netmadeira.com>
>>To: "guimara guimara" <marakoka@hotmail.com>
>>Subject: Golpe na Galp!!!........
>>Date: Sat, 29 Apr 2006 21:36:12 +0100
>>
>>Golpe na Galp!!!........
>>
>>PORQUE SERÁ QUE OS ÓRGÃOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL NÃO PUBLICAM ISTO?
>>
>>
>>
>>DIVULGUEM O MAIS QUE POSSAM
>>
>>
>> É inacreditável, mas é o país que temos .
>>
>>
>>Era a manchete do Expresso de Sábado e custa acreditar. A nossa
>>petrolífera tem vindo a ser albergue de parasitas e toca de
>>incompetentes.
>>
>>
>>Veja-se:
>>Um quadro superior da GALP, admitido em 2002, saiu com uma indemnização
>>de 290.000 euros, em 2004. Tinha entrado na GALP pela mão de António
>>Mexia e saiu de lá para a REFER, quando Mexia passou a ser Ministro das
>>O.P. e Transportes...
>>O filho de Miguel Horta e Costa, recém licenciado, entrou para lá com 28
>>anos e a receber, desde logo, 6600 euros mensais.
>>Freitas do Amaral foi consultor da empresa, entre 2003 e 2005, por 6350
>>euros/mês, além de gabinete e seguro de vida no valor de 70 meses de
>>ordenado. Manuel Queiró, do PP, era administrador da área de
>>imobiliário(?) 8.000euros/mês.
>>A contratação de um administrador espanhol passou por ser-lhe oferecido
>>15 anos de antiguidade (é o que receberá na hora da saída),pagamento da
>>casa e do colégio dos filhos, entre outras regalias.
>>Guido Albuquerque, cunhado de Morais Sarmento, foi sacado da ESSO para a
>>GALP. Custo: 17 anos de antiguidade, ordenado de 17.400 euros e seguro
>>de vida igual a 70 meses de ordenado.
>>Ferreira do Amaral, presidente do Conselho de Administração. Um cargo
>>não executivo(?) era remunerado de forma simbólica: três mil euros por
>>mês,pelas presenças. Mas, pouco depois da nomeação, passou a receber
>>PPRs no valor de 10.000 euros, o que dá um ordenado "simbólico" de 13.000
>>euros...
>>
>>
>>
>>
>> Outros exemplos avulsos:
>>
>>
>>Um engenheiro agrónomo que foi trabalhar para a área financeira a 10.000
>>euros por mês;
>>
>>A especialista em Finanças que foi para Marketing por 9800 euros/mês...
>>
>>Neste momento, o presidente da Comissão executiva ganha 30.000 euros e os
>>vogais 17.500. Com os novos aumentos, Murteira Nabo passa de 15.000 para
>>20.000 euros mensais.
>>
>>
>>A GALP é o que é, não por culpa destes senhores, mas sim dos amigos que
>>ocupam, à vez, a cadeira do poder. É claro que esta atitude, emula do
>>clássico "é fartar, vilanagem", só funciona porque existe uma inenarrável
>>parceria GALP/Governo. Esta dupla, encarregada de "assaltar" o
>>contribuinte português de cada vez que se dirige a uma bomba de gasolina,
>>funciona porque metade do preço de um litro de combustível vai para a
>>empresa e, a outra metade, para o Governo.
>>
>>
>>Assim, este dream team à moda de Portugal, pode dar cobertura a um bando
>>de sanguessugas que não têm outro mérito senão o cartão de militante. Ou
>>o pagamento de um qualquer favor político...
>>
>>Antes sustentar as gasolineiras espanholas que estão no mercado do que
>>estes vampiros!
>>
>>E AINDA DIZEM QUE A CRISE É CULPA DA FUNÇÃO PÚBLICA !!!

4.29.2006

Um dia perde-se a paciência

Sabes o que digo? Destes gajos eu espero qualquer coisa. São vendedores de banha da cobra que não sabendo fazer nada que acrescente valor ao país, vão ganhando o pão (e também a manteiga) de cada dia, a aldrabar um povo por inteiro, sem qualquer réstia de vergonha no focinho.
Continuar a ler

Um governo de chaça

O primeiro-ministro, em boa hora, quis debater a sustentabilidade da segurança social.
Já não era sem tempo. Infelizmente não trouxe propostas sérias. Mais do mesmo. Aumento da contribuição individual. Ou trabalhar até mais tarde, como contrapartida de não descontar mais.
Na prática, a proposta fica reduzida a descontar mais. Trabalhar, depois dos 65 anos (quando nem as empresas estão nisso interessadas), não vai acontecer. Portanto, descontar mais para a Segurança Social que hoje é de 11 por cento é a proposta de Sócrates. O resto é folclore.
Incentivos à natalidade, às famílias mono parentais, são bagatelas, para entreter. Estou mesmo a ver as famílias a correr a ter mais filhos para ter uma ligeira baixa na taxa social única.

 

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4.28.2006

Perguntar ofende?







Cautelosamente supondo que não,
aí fica a pergunta:

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............... SEGUE em O Sítio do Ruvasa
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PRIVATIZAÇÃO CHEGA À PRISÃO!

O Ministério da Justiça está a ponderar a transferência de três prisões – Lisboa, Coimbra e Pinheiro da Cruz – para novas instalações nas periferias das respectivas localidades, ao mesmo tempo que admite entregar a gestão e a vigilância a privados, ficando as funções de segurança nas mãos dos guardas prisionais.

Até já imagino estas três prisões em lugares tão inacessíveis como o actual Estabelecimento Prisional da Carregueira, em que, se passar pela cabeça de alguém deslocar-se lá sem ser de veículo automóvel, chegar a tão fatídico lugar constitui uma pena quase tão pesada como a de prisão. Por outro lado quem tem necessidade de recorrer aos transportes públicos, com toda a certeza retirará uma boa fatia do seu orçamento mensal para o efeito.

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Pobre macho!

Imaginem o seguinte cenário: dois casais amigos jantam juntos, depois divertem-se numa discoteca e naturalmente que bebem todos uns copos; já tarde, voltam para casa de um deles para passar a noite.

Continuar a ler a estória

O ELOGIO DA LOUCURA.

Hoje tive de me deslocar ao Hospital Miguel Bombarda por motivos profissionais. Sempre que sou obrigado a lá ir, sou tomado por um sentimento de alguma tristeza ao observar as diversas formas que o distúrbio mental assume, algumas delas bem degradantes.

Continuar a ler em O Velho da Montanha

O nível de incompetência

Eu acho os nossos governantes e grande parte dos nossos políticos horríveis, mesmo abomináveis. Não são sérios. São subservientes perante os mais fortes. São arrogantes com os mais fracos. São mentirosos, oportunistas, interesseiros, carreiristas. Na oposição, são uma coisa, no governo são outra. Na oposição, adjectivam os governantes do pior. No governo, recebem os mesmos adjectivos. Um ciclo vicioso e vergonhoso.

A acusação de “insensibilidade social” tem estado no topo da lista. Ouvimos Sócrates dizer isso, na oposição, ouvimos Marques Mendes, na oposição, dizer o mesmo. E ambos têm razão. As acusações são inteiramente justas.

O que significa que onde eles estão bem e dizem umas coisas interessantes é na oposição.

Ó meu povo! Já ouviram falar no princípio de Peter?

Continua aqui

Apenas 6,72% não conseguiram...


A notícia que hoje corre as redacções dos jornais, das rádios e das tvs é a de que, dos 230 deputados à Assembleia da República, 119 (51,74%) faltaram à célebre sessão da 4ª feira que antecedeu a Páscoa.

Dessa imensidão de faltosos (mais de metade do total, note-se!), 111 (93,28%) terão apresentado razões tão “ponderosas”, para não estarem presentes onde a sua presença era dever impostergável, que quem de Direito se viu no indeclinável Dever de as considerar justificadas.

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............. Segue em O Sítio do Ruvasa
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Mário Lino mete a pata na poça

Segundo o jornal Faro de Vigo, Mário Lino, Ministro do actual governo português declarou numa conferência intitulada El papel de las infraestructuras en el desarrollo del Noroeste Peninsular que

Soy iberista confeso. Tenemos una historia común, una lengua común y una lengua común. Hay unidad histórica y cultural e Iberia es una realidad que persigue tanto el Gobierno español como el portugués


Uma declaração destas é espantosa! O senhor Mário Lino não é um cidadão qualquer, o senhor Mário Lino é Ministro do Governo português e parece ter falado em nome do Governo português.

Ver a continuação em Cabalas.

O Raio


4.27.2006

Obviamente, demiti-lo!

De que está à espera José Sócrates para o demitir sumariamente?
E se Mário Lino falou em nome do Governo, é obrigação de Cavaco Silva demitir o PM, já!

Orlando Braga

Mudanças na Segurança Social (I)

As mudanças na Segurança Social são polémicas. Vou aprofundar este tema nos próximos dias mas deixo já uma opinião: sou visceralmente contra que a taxa contributiva dos trabalhadores varie em função do número de filhos assim como sou contra outras ideias que já ouvi deste Governo em obrigar os filhos, por lei, a ajudar directamente nas contribuições dos pais ou que subsídios a idosos dependam dos rendimentos dos filhos.

Mais aqui

Abril: pais e filhos

O torpor cívico vigente, com o exílio da cidadania – deportada para territórios jurídicos – é o sustentáculo deste Portugal corroído e brumoso, onde as clivagens entre a política e o povo se adensam, ameaçando a irreversibilidade devido ao consabido hábito. Tornou-se, efectivamente, habitual a vociferação larvar contra os “políticos” – avaliados como pantagruélicos parasitas e nutridores da “fartar vilanagem” –, Homens que, açambarcando a “política”, deverão deter o exclusivo da responsabilidade. Todavia, o povo toldado limita-se a forjar um subterfúgio involuntário, procurando a ilibação que não concedo.

In Estranho Estrangeiro

Abril e a "democracia" como hábito

A história, no nosso país, decalca-se a ela própria, cingindo-se as mutações aos intervenientes, às épocas e respectivas inclinações. O povo, hoje com uma apresentação mais cosmopolita que encapota o atávico provincianismo, preserva, imaculada, a fidelidade à alienação consabida que enquista a condição de títere, manejado por vicissitudes. A pertinência da Democracia, desde Abril, não se discute, tal como não se discutia, impunha Salazar, Deus, a Pátria e a família. O mesmo povo que legitimou eleições democráticas, há três meses, postergaria o ideário democrático se uma inverosimilhança o transportasse até uma época remota do Portugal histórico, destituída de qualquer vestígio, mesmo que formal, de “democracia”. O hábito mumificado é a grande idiossincrasia portuguesa.

In Estranho Estrangeiro

Abril e eterno retorno da quimera

O povo foi vítima de uma espiral conjuntural, pelo que a entronização da “liberdade", subsequente ao golpe, não escamoteia a persistência do amancebamento entre os conceitos de “liberdade” e de “libertinagem”. As turbas ululantes que escudaram os militares, no Largo do Carmo, são as mesmas que sublimaram Marcello Caetano, o Mefistófeles escorraçado para a Madeira, efectivado o colapso do regime. A volatilidade intrínseca ao “povo” português permite a eclosão de um diagnóstico doloroso: a devoção pela Democracia não se perfila entre as idiossincrasias portuguesas.

In Estranho Estrangeiro

Portugal em primeiro lugar

em termos de desigualdade do rendimento e com maior desigualdade após a distribuição dos apoios estatais."


Há notícias que merecem poucos comentários. Um título de jornal às vezes não é suficiente. Não é preciso acrescentar quase nada.

Apenas quero salientar a hipocrisia e o nojo que sinto a ouvir ou ler, certas pessoas, geralmente, muito inteligentes e com muitas propostas para o país; economistas de profissão, gestores públicos ou privados, empresários bem sucedidos, deputados, políticos, jornalistas e comentadores de uma nova geração da direita, também políticos de uma falsa esquerda, os nossos governantes, os de ontem e os de hoje, algumas pessoas, bem sucedidas e bem instaladas, ou outras, por ignorância ou estupidez, não se cansam de apregoar, que Portugal, alimenta a preguiça, dá demasiada protecção aos pobres, aos desempregados, aos reformados e que gasta demasiado na segurança social, com os “desafortunados” da vida.

 

Completo aqui

4.26.2006

A GRANDE ESTOPADA.

Na perspectiva de um sonolento feriado, cabeceando preguiçosamente, lá fui assistindo pela televisão à sessão solene da efeméride do 25 de Abril, presidida por Cavaco Silva na Assembleia da República.

Continuar a ler no Velho da Montanha...

4.25.2006

O discurso desalgemado


Cavaco Silva acaba de descer os degraus da bancada da Assembleia da República onde discursou a propósito da comemoração do 32º aniversário da revolução de Abril de 1974.

O discurso que proferiu revelou-se, pela primeira vez em muitos anos, desalgemado, livre dos jargões habituais, sem conteúdo visível e despidos de sentido prático que sempre fomos ouvindo em datas similares de tantos anos passados e perdidos.

O actual presidente da república soube, como até hoje nenhum dos seus antecessores, libertar-se - e libertar o órgão de soberania em que está investido - das amarras habituais, do saudosismo inconsequente, do folclore repetitivo e sem substrato.

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............ Segue em O Sítio do Ruvasa
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Há 32 anos...


... foi derrubado o Estado Novo.

Dezanove meses após, 25 de Novembro de 1975, teve início a primeira tentativa séria de instaurar no País um regime democrático.

Trinta e dois anos após Abril de 1974, eis-nos em plena democracia formal.
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................ Segue em O Sítio do Ruvasa
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Coisas sérias e banais

A vida corre plena de promoções e banalidades. É a promoção das imobiliárias com os ricos a comprar o que os pobres estão a vender, é a promoção dos carros, muitos carros para todos os gostos, é a promoção exagerada de electrodomésticos que não sei se para todos os gostos, com micro ondas ao preço de cinco euros, para lançar fora no dia seguinte, é a promoção dos mais luxuosos casacos de pele, e o animal que ficou sem pele que se lixe, importa é ter um outro animal com a bolsa cheia de euros para comprar casacos de pele e de pelo. Enfim, é uma festa, a festa da concorrência desleal, em que cada um refila ao expor e promover o melhor e nunca o pior, o mais eficaz e nunca o mais garantido, tudo tão espectacularmente apregoado como se fosse o detergente a lavar mais branco. Oh, meu deus, e quantas vezes tudo acaba por ser tão enigmaticamente sujo!

Continua aqui

25 de Abril

4.24.2006

Mais um "Monstro Sagrado"

A democracia neoliberal é a ditadura da despolitização dos cidadãos, marcada pela apatia e pelo cinismo.

Orlando Braga

Ri, macaco, ri!

Os socialistas espanhóis vão propor que os macacos sejam considerados como seres humanos.

Orlando Braga

A petição ( II )

resposta a Pedro Roque e Fernando
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.......continuação de A petição ( I )


Desde logo, os faltosos (e aqui o termo faltosos refere-se à generalidade das faltas e não apenas às que resultam de não se estar presente nos actos a que se deve comparecer);

Depois, todos os que, embora não faltosos, são coniventes com aqueles e, por comodismo ou mero dolce far niente, vão permitindo que as coisas se arrastem, sem que tomem uma iniciativa que, demarcando-os, os honre;

Finalmente, todos quantos fazem do parlamento um órgão altamente incompetente, reconhecidamente desprestigiado e, por conseguinte, francamente admoestável.

..... SEGUE em O Sítio do Ruvasa

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A petição ( I )

Resposta a Pedro Roque e Fernando
...
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Pedro Roque, meu confrade social-democrata de Almada, detentor do blog Revolução Tranquila, e Fernando, “bloquista” de Viana do Castelo, responsável pelo blog A hora que há-de vir, conferiram-me a distinção de comentarem neste meu blog a entrada Petição.

Em resumo e substância, disseram:

Pedro Roque

1. Há na petição um grave equívoco, já que se peticiona que presidente da república e primeiro ministro admoestem deputados, verdadeira aberração (o termo é meu), já que todos fazem parte de órgãos de soberania, com igual hierarquia;

2. É perigosa “esta” (aspas nossas) cruzada anti-parlamentar, já que o parlamento constitui a essência da democracia em que queremos viver e a alternativa é um sujeito de bigode, autoritário, que eliminará todas as vozes discordantes;

3. Não se confunda (nós, os que assinamos a petição e estamos enfronhados na tal cruzada anti-parlamentar) a nuvem com Juno.

Fernando

1. Embora ache lamentável e inadmissivel a ausência de deputados que registaram a presença e se pisgaram, entende indecente que se baralhe a opinião pública com ataques desabridos "a todos os deputados";

2. Que é isso mesmo (a baralhação da opinião pública) que pretende a direita populista, com o intuito de desprestigiar a democracia;

3. A democracia representativa – de que é adepto – estará muito necessitada de aperfeiçoamento, mas não é de fora que as coisas se resolvem e com “bocas” (terminologia do comentário);

4. Bota-abaixismo é que não, de forma nenhuma e que não se misture tudo, por favor.

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.................... Segue em O Sítio do Ruvasa


4.23.2006

joaosevivas

joaosevivas

frase do dia: Que tudo te anime


Poema do dia:

Animam-se os poros da terra
Entendem-se
Ela é como eles
Láctea é uma veia
Em milhões de outros caminhos
O sangue leva à distância
Dispersa a luz lembra a força
Sonham a unidade
Repelem-se
E bebem do mesmo seio

Vem aí um Ditador?

Num artigo (alarmista) publicado no Correio da Manhã sobre a gripe das aves e um relatório inglês que diz que Portugal está mal preparado, um leitor faz o seguinte comentário.

zebotto
É SÓ INCOMPETENTES E INCOMPETÊNCIA NESTE PORTUGAL. É demais! Não haverá por aí - um só político que seja capaz de pegar nisto e com COMPETÊNCIA - nos governar? Que apareça esse bendito DITADOR já !!!


Ver a continuação em Cabalas.

O Raio

4.22.2006

Sinto consternação...

... pela decisão do Henrique em encerrar um blogue que acompanhei com muito interesse: Hora Absurda! Fica o conselho da leitura das suas obras e a esperança que, duma forma ou outra, o Henrique volte à blogosfera.

Vou continuar, até ver, a publicar os meus textos no Canto Aberto, um dos múltiplos contributos que o Henrique deixa na blogosfera.

Henrique, um grande abraço e parabéns pela qualidade com que expões as tuas convicções!

Ricardo (Filho do 25 de Abril)

Cretinices

Não fora o clima generalizado de indignação face ao comportamento dos deputados e o programa Estado da Nação de ontem teria sido um óptimo ensaio de humor. Negro provavelmente.

O baldanço ao trabalho foi um inaceitável acto de imoralidade, irresponsabilidade e desrespeito pelo povo português.

Ler mais [Link]

A crise e a OCDE

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) publicou um relatório sobre Portugal onde confirma as piores notícias. Se por um lado confirma a contínua divergência entre a previsão do crescimento do Produto Interno Bruto português 1,4% e o da Zona Euro 1,8%, por outro confirma a queda do PIB nestes últimos 5 anos em 0,1% enquanto a Zona Euro crescia 0,9%.

A organização sedeada em Paris faz jus aos seus pergaminhos de defensora da economia de mercado e reforça as posições mais conservadoras que, em Portugal, continuam a achar que a política do governo ainda é tímida.

A OCDE defende, no seu relatório, o aumento da idade de reforma, o aumento das contribuições mas a diminuição das prestações, o aumento das propinas, o aumento das facilidades no despedimento, a simplificação dos impostos (deve querer dizer imposto a percentagem de valor único) …

 

Continua aqui

Petição




Através do blog Do Portugal Profundo, do António Balbino Caldeira, acabo de tomar conhecimento da seguinte petição, acerca das faltas dos deputados às votações da quarta feira da passada semana, no hemiciclo de S. Bento.

Sou dos que consideram que tais faltas talvez tenham sido um bem, já que as leis produzidas pela Assembleia da República são autênticos exercícios de incompetência e nonsense, tal o macarrónico português usado e a forma desleixada como são pensadas e elaboradas, que as leva, em grande parte, a serem alteradas pouco tempo após publicação no jornal oficial (casos há em que as alterações se tornam inadiáveis menos de duas semanas após...).

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....................SEGUE em O Sítio do Ruvasa
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joaosevivas

joaosevivas

frase do dia: Eu vivo por ti


Poema do dia:

As mulheres da minha aldeia
Vivem junto ao rio e à serra
Acordam em lua cheia
E pintam as unhas com terra

As mulheres da minha aldeia
Vestem capucha, calçam socas
Cansadas depois da ceia
Fiam cuidados nas rocas

Têm os filhos que Deus quiser
E só a natura as enleia
E o pão é o que vier
E a alma é o que ser quer

O trabalho é a sua teia
E a família a sua ideia
Valem mais que qualquer mulher

As mulheres da minha aldeia

joaosevivas

joaosevivas

Frase do dia: Tu és a razão da minha vida


Neste dia em 1616 morre em Madrid Miguel de Cervantes autor de Don Quixote


Poema do dia:


As mulheres da minha aldeia
Vivem junto ao rio e à serra
Acordam em lua cheia
E pintam as unhas com terra

As mulheres da minha aldeia
Vestem capucha, calçam socas
Cansadas depois da ceia
Fiam cuidados nas rocas

Têm os filhos que Deus quiser
E só a natura as enleia
E o pão é o que vier

E a alma é o que se quer

O trabalho é a sua teia
E a família a sua ideia
Valem mais que qualquer mulher

As mulheres da minha aldeia





PS. Tu és uma mulher da minha aldeia

Quando cheira a sangue...

Vivemos numa sociedade com tendências assustadoramente extremistas.
Para tudo e para nada pedem-se logo longas penas de prisão. Alguns mais afoitos dizem alto o que outros calam, querem é a pena de morte embora lamentando que esta só possa ser executada uma única vez em cada indivíduo.
Bom, em épocas passadas este problema era resolvido com umas torturas antes da execução da pena propriamente dita.
Bom, é assim em tudo.

Ver a continuação em Cabalas.

O Raio

Do Diário da República - II Série

Ver um interessante anúncio do publicado no Diário da República - II Série em Cabalas.

O Raio

4.21.2006

Mondadeiras do arroz

Adeus ó Mário Carriço
Que guardas os batatais
No hotel do Vale da Rama
À beira dos pinheirais

Assim despediu, o rancho de mondadeiras o Mário, quando este anunciou que ia deixar as mondas e partir para o Brasil…,

Ler mais [Link]

O estado da Nação ou, melhor dito,

o estado a que fizeram chegar
o órgão de soberania
Assembleia da República



Ontem, à noite, na RTP1, assisti a um programa simplesmente miserável, nojento.
...
Tratou-se de O estado da Nação. Um programa bem ilustrativo do deplorável estado de miséria moral a que os políticos, neste caso os deputados, fizeram chegar a Nação.

Como resumo de tudo aquilo a que assisti, apenas pude concluir que a Nação está podre, perfeita e completamente podre. Uma miséria! Pobre Nação, representada por tal gente.

Estou mesmo em crer que, fosse quem fosse que assistisse àquele programa, por mais calmo e controlado que normalmente seja, não terá sido capaz de manter-se sereno e objectivo.
...
.............................. SEGUE em O Sítio do Ruvasa
...

Estilhaços (conto)

Cheguei a casa, sentindo-me observado e escarnecido pelos objectos dos quais me despedi havia pouco. Como actor único no palco da vida, revolvi o bolso vazio e dele extraí, com cautelas reverenciais, os cacos derivados da esquizofrenia momentânea, validada pela razão. Depositei-os na cómoda contígua à cama, como peças basilares de um “puzzle” eternamente truncado. Naquele momento, fui ungido por uma epifania imanente. Descobri que, horas antes, havia acenado adeus à existência como um aglomerado de cacos, avulsos e incomunicáveis. Retrocedi até à condição de embrião para reiniciar a caminhada, mais consciente e lúcida. Uma lucidez excruciante. No fundo, uma despedida de solteiro.

In Estranho Estrangeiro

Juiz do Supremo quis absolver mãe de Joana

Sócrates, a Finlândia e a Revolução

É isto o politicamente correcto: a gestão de tipo cogumelo. Defeca-se para cima da malta, esperando que a gente cresça.

Orlando Braga

Legalização de tod@s @s imigrantes

4.20.2006

Tópicos Políticos



"Acreditamos, como Adam Smith, que o homem é levado, por uma mão invisível, a apoiar um objectivo que não fazia parte das suas intenções. Mas esta mão invisível, longe de constituir um vazio de regras é o máximo da regra, a suprema ordem, a ordem espontaneamente criada pela autonomia ética do homem, onde se mistura a liberdade natural com a justiça perfeita.
Porque existe um princípio da simpatia: o esforço uniforme, constante e ininterrupto de cada homem para melhorar a sua condição que leva o homem a obter a aprovação dos outros homens. Aliás, o individuo só se conhece a si mesmo pelo juízo que faz do outro e daquele que esse outro faz dele, o tal homem com o profundo sentido do animal de trocas, que é o cerne da sociedade."
José Adelino Maltez, Tópicos Políticos


Encontrei este blogue - Tópicos Políticos - por mero acaso, ou seja, através duma pesquisa no google sobre um tema económico. Não resisto a comentar este texto.

Ver aqui

Vital Moreira contra o 25 de Abril?

Onde a propósito de um escrito de Vital Moreira no seu blog se pergunta, legitimamente qual a sua posição perante o 25 de abril?

Ver em Cabalas.


O Raio

4.19.2006

Galpistas

Um quadro superior da GALP, admitido em 2002, saiu com uma indemnização de 290.000 euros, em 2004. Tinha entrado na GALP pela mão de António Mexia e saiu de lá para a REFER, quando Mexia passou a ser Ministro das O.P. e Transportes...
 

joaosevivas

joaosevivas

Frase: E a boca só se abria para escrever somente humano, humanamente só

Neste dia em 1922 Gago Coutinho e Sacadura Cabral chegam aos penedos de São Pedro e São Paulo na costa do Brasil depois da atravessia aérea do Atlântico

Poema do dia:

De colarinho apertado
Os dedos iam assumindo
O leme

Eram assim os dias

O leme apertado
Assumindo o colarinho
E os dedos

Todos os dias eram assim

Assumido o leme
Apertados os dedos
E o colarinho

Eram os dias todos sem fim

Olha o espanto!

Sobre uma notícia da TVI ver Cabalas.

O Raio

4.18.2006

O “negócio” das prisões



O nosso sistema prisional é de tal forma degradante que qualquer anúncio por parte do Ministro da Justiça sobre eventuais alterações nas prisões merece a minha cuidada atenção.

Ver aqui

EMAIL

Olá!
Ouviste o discurso?
Em tempos idos da história daquilo a que se chama hoje o ocidente (ocidente de quê se o mundo é redondo?), uma santa instituição condenava à fogueira todos quantos se manifestavam, impelidos por ditames de consciência, contra os princípios que a própria instituição impunha. É que os princípios impostos ofendiam a lógica mais elementar, ou seja, a intuição das pessoas.
 

Eu também vou lá estar.

Amanhã os trabalhadores da PT vão concentrar-se em frente ao parlamento, a protestar contra a OPA. ()

Defender a empresa contra o seu desmembramento, defender os postos de trabalho, defender o serviço público, assegurando que o Estado deve manter a sua capacidade de intervenção, defender os direitos sociais, como o fundo de pensões e os cuidados de saúde, é a prioridade, e o resto não pode ser moeda de troca quando os lucros foram fabulosos e ainda aumentaram mais os dividendos.

(…)

Basta ver que com esta OPA e em consequência do empréstimo de Belmiro à banca, para financiar a operação, os lucros e os dividendos garantidos todos os anos pela PT, são livres de impostos que o Estado vai deixar de receber, até a Sonae liquidar a divida à banca, ou seja, o Estado prescinde de receber o dinheiro de impostos que vão ser utilizados para comprar a PT. São pelo menos 3 mil milhões de impostos que o Estado deixa de receber.

 

Outro aspecto, não menos importante a destacar é que os accionistas com mais de um ano de posse de acções, estão isentos de impostos das mais valias, o que significa que estão em causa cerca de 6 milhões de euros de ganhos livres de impostos. Um negócio chorudo para os ricos.

 

Por isso, também, deve ser apoiada a proposta legislativa do Bloco de Esquerda que pretende os empréstimos contraídos para o financiamento de uma OPA não possam ser usados para deixar de pagar impostos quando as empresas apresentarem lucros, assim como, obrigar a pagar impostos as mais-valias das vendas das acções.



Islão: religião de paz

Os agentes do imperialismo americano e os xenófobos europeus insistem em afirmar que o Alcorão é uma religião que incita à violência.
Nada de mais falso. Não há nada, absolutamente nada no Corão que incite à violência de um muçulmano sobre outro muçulmano.

Orlando Braga

4.17.2006

Oikonomía



A palavra economia deriva do grego Oikonomía. Oikos significa casa e nomos significa administração ou organização. Oikonomía pode, assim, ser entendido, num sentido lato. como administração da casa ou até governo da casa .

Ver aqui

Texto actual

O factor – influência da decadência ocidental – teve (e tem) três formas de se apresentar na nossa sociedade: a corrupção, a desnacionalização e o radicalismo político.

Orlando Braga

Sermão do Bom Ladrão

Este sermão, que hoje se prega na Misericórdia de Lisboa, e não se prega na Capela Real, parecia-me a mim que lá se havia de pregar, e não aqui.

joaosevivas

joaosevivas

Depois de escrever reparei que uma vez mais foi tudo para um blogue chamado Canto Aberto.
Estou de saída para o Porto e não tenho tempo de fazer outro.
Vou a pensar em vós. Um abraço

joaosevivas

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Frase do dia: Vamos fazer greve à tristeza

Neste dia tem início na Universidade de Coimbra a chamada crise académica de 1969
em que huove protestos, manifestações e greves contra a política fascista de Marcelo Caetano

alfinetada: Nesta operação rodoviária Páscoa, fiscalização intensíssima dos GNRS nas estradas e em que em poucos dias houve, uma vez mais e em situações similares, mais de 8oo acidentes, muitas vidas ceifadas, por favor tirem os GNRs das estradas.

Poema do dia :

É na sombra que melhor te vejo
Quando o sol me encobre as coisas
E deixa soltos os raios do teu olhar
É aí sem tempo e sem lugar
Aonde os lírios crescem sem invernos nem maios
Aonde estás repartida nas mulheres que eu beijo
Que eu te sinto inteira
Sensual e verdadeira
Mulher palavra, luz, carne, mãe e amante
Mulher sem estado, livre emoção e ser
Mulher vida e meu querer incessante
Meu bem e meu mal, minha paixão e meu viver

O domínio .eu
(mais uma barraca da União Europeia)

A União Europeia, após uma data de tempo a estudar o assunto, acaba de lançar o domínio .eu. A ideia seria a de criar um novo domínio, para a Europa, tão ou mais importante do que o .com.
Depois de uma data de tempo a estudar o assuntó, aleluia, já temos o domínio .eu.
Só é pena que esteja a dar barraca e barraca forte.

Ver em Cabalas.

Voracidade e asfixia

(...) Ao aceder a uma livraria, a ubiquidade da informação extasia. Extasia e asfixia. Se existisse em mim qualquer pulsão suicidária, teria de abdicar de biblioteca pessoal. A biblioteca ascende a catalisadora da escatologia suprema. Se todo o Homem fosse coagido a eleger o cadafalso do seu suicídio, não hesitaria. Dissipava-me entre livros, idealizando o acolhimento, por eles, dos meus fragmentos. E aproximava-me da morte da Morte.(...)

In Estranho Estrangeiro

4.14.2006

O futebol e o entendimento humano

Vou falar daquilo que não percebo. Mas há alguma coisa a perceber no futebol? O que há é muita coisa que não percebo. Sim, percebo o suficiente de futebol para, se tiver que o praticar, saber que eu jogo numa das duas equipas em competição, e ganhará quem conseguir meter a bola mais vezes na baliza do adversário, durante o tempo convencionado para a duração do jogo.
Henrique Sousa

Jesus era budista

Sobre a vida de Jesus, da sua adolescência até perto dos trinta anos, sabe-se pouco. Os evangelhos, oficiais e apócrifos, são omissos quanto a essa parte da vida de Isha (Jesus em hindu e entre os budistas). É certo que Jesus esteve na actual Cashemira, onde aprendeu com monges budistas o que viria a ser a essência do cristianismo.
Existem relatos escritos que fundamentam a teoria de que Jesus passou anos no norte da actual Índia, na companhia de monges budistas e compartilhando a vida dos mosteiros. O que vou contar a seguir foi documentado, embora sempre omisso pela ICAR, por razoes óbvias.

Orlando Braga

Um poema por dia de Alfredo Reguengo (III)

Em 19 de Janeiro de 1973, com o poema Dístico, Alfredo Reguengo, parece querer fazer um balanço da sua vida. É uma linguagem em linha recta. Toda a sua linha poética tinha essa matriz, ser percebido por todos. Nas suas próprias palavras, ele foi uma "voz que se ergueu/ e que falou/ falou sempre/ como sabia/ em voz alta e de maneira que todos percebessem". Era assim Alfredo Reguengo, uma pessoa culta que não fazia da poesia ou literatura um modo de vida, mas era a sua vida. Sempre ao lado dos mais sofridos e da liberdade. Este poema transporta alguma desilusão, depois da "prometida" primavera marcelista. É um desabafo de quem sempre lutou, sem nunca ter pedido "nada/ que pudesse/ fazer grande/ ou pequeno/ isto que sou".

 

Dístico

 

Eu quero lá saber
se, um dia,
alguém
há-de achar bom,
ou mau,
isto que fiz
e há-de deitar,
ou luz
ou lama,
sobre o meu nome
esquecido!...

Continua aqui

4.13.2006

Vergonha!

Um poema por dia de Alfredo Reguengo ( I I)

Significados da vitória na luta de França

A vitória da luta contra o Contrato Primeiro Emprego, na França, tem um enorme valor político. É verdade que a França tem tradição de cidadania e luta social. No entanto, a luta contra o CPE trouxe para a rua trabalhadores e estudantes, gerações diferentes, sindicatos, movimentos sociais e partidos políticos.

A participação da juventude foi assinalável. As manobras organizadas pela polícia, que infiltra elementos violentos para causar distúrbios, aliadas aos grupos que entendem que a revolução se faz da violência gratuita e sectária ficaram politicamente isoladas, apesar da mediatização das imagens. A reacção da direita que proclamou o direito a ir às aulas não passou de escassas centenas de pessoas que se juntaram meia dúzia de vezes.

A demagogia de que a precariedade e o despedimento arbitrário é que criam postos de trabalho ficou reduzida a cinzas com as manifestações de centenas de milhares e milhões de pessoas. É a argumentação neoliberal que, em nome da competitividade e da modernidade, acusa os trabalhadores de serem os responsáveis pelo desemprego pois recusam-se a trabalhar por salários diminutos e sem direitos.

 

Continua aqui.

joaosevivas

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Frase do dia: Um peito aberto é um cais de partidas e chegadas e só o mar permanece

Neste dia : Em 1992 o Palácio de Buckingham anuncia que a princesa Ana deu início ao processo de divórcio do capitão Mark Philips, seu marido há 18 anos de de quem estava separada há 2 anos

alfinetada: assumir é uma palavra cheia de raízes, vêm de trás da educação por vezes má mas é um processo de amadurecimento

Poema do dia:

Dois passos
São mais do que dois passos
Um abraço
É muito mais do que um abraço
Um beijo é um beijo
Sempre terno, sempre desejo
Um lugar é um espaço
Pode ser livre, pode ser liberdade
Pode ser
Tudo o que quiseros
Um tempo é um só tempo
Passageiro, leve e preregrino
A ave tem os seus braços
As nuvens as suas lágrimas
E o céu a sua voz
O som, o cheiro
E os teus olhos
São a minha vida
E tudo isto é o meu destino

joaosevivas

joaosevivas


Frase do dia: Tudo pode acontecer quando abrimos o peito

Neste dia em 1846 é inaugurado o Teatro Nacional D Maria II A peça então representada foi o Magriço e os Doze de Inglaterra da autoria de Jacinto Aguiar de Loureiro.

Poema do dia:

Imagina o tempo como um fruto
Nasce, cresce compassadamente
E as suas sementes tornam a crescer
Imagina agora uma velocidade imensa
E a semente a dar semente e o fruto é o sonho
Agora pensa em ti que trazes e levas
E nem dás conta de viver
Existem formas, palavras, necessidades
A essência é o infinito sem tempo
Simultâneo à vida aonda não há contradições
Todos vivemos sempre e mesmo a dormir estamos vivos
O amor é próprio movimento, passaporte para a eternidade
Entre tábuas vão as vestes, a flor está noutro campo
O movimento é a negação do tempo
Como a vida da morte
Na circunferência do ser a serpente vive da cauda
E o saber é saber estar vivo
As mãos são precisas são as maiores oficinas, a maior religião
O tempo meu irmão?
É uma invenção da carne

Casamento homosexual e poligamia


Aparentemente o casamento homosexual está na moda. Qualquer cidadão bem pensante tem de ser a favor da legalização do casamento homosexual a menos que se queira arriscar a ser acusado de homofobia e outras coisas que tal.
Claro que conheço todos os argumentos a favor do casamento homosexual e, o que me faz alguma confusão é de que se limite as alterações legislativas ao casamento homosexual pois todos os argumentos a favor do casamento homosexual também se aplicam à poligamia (casamento de um homem com várias mulheres) e à poliandria (casamento de uma mulher com vários homens) e também à NxM-gamia, casamento de vários homens com várias mulheres.

Ver continuação em Cabalas.

O Raio

4.12.2006

Um poema por dia de Alfredo Reguengo ( I )

O meu relógio não é um moinho a engolir as horas
-as horas que já foram
e que são.
-Não!
O meu relógio trabalha como os outros,
mas só tem uma hora
-a hora que há-de vir!...

Alfredo Reguengo

A partir de hoje e até ao 25 de Abril, irei publicar um poema por dia de Alfredo Reguengo, do livro “Poemas da Resistência” que me foi oferecido gentilmente pelo Sr. Presidente da Junta de Freguesia da Meadela, a quem Alfredo Reguengo legou toda a sua biblioteca pessoal. Este livro atravessa o período entre 1937 e Abril de 1974. Não conheci Alfredo Reguengo, pessoalmente. Retenho apenas uma muita vaga ideia dele, julgo que tinha um pequeno comércio de mercearia, ou sapataria, na rua Gago Coutinho, em Viana do Castelo. Não tenho a certeza pelo que esta informação vai com todas as reservas. Mas aquela figura esguia, simpática, mas, intensamente, introspectiva, não me deve enganar.

[1] Alfredo Reguengo era um homem, atento à actualidade e preocupado. O seu primeiro livro, “Poema dos 20 anos”, foi publicado muito cedo e o primeiro bloco de poemas da resistência, sob o pseudónimo de Julião Ricardo, foi composto entre 1937 e 1941, no período mais duro da repressão Salazarista e após a vitória franquista, na guerra civil da vizinha Espanha e no melhor período do III Reich.

Continua aqui

A vitória da estupidez sobre o folclore

Parece que Berlusconi caiu… e o Prodi ganhou.
Eu, que até me considero de esquerda, não tive nenhuma alegria com esta vitória do Prodi. No fundo é trocar o folclore pela estupidez, mais nada.

Ver continuação em Cabalas.

O Raio

A mulher italiana e o colapso do mito

(...)Os canais televisivos italianos, irradiando uma volúpia feminina impudente e ferina, naquela época de insurreição hormonal rotulada de “puberdade", catalisavam a ebulição sensitiva, responsável pela transformação do Homem num cúpido salivante, num aspirante a devasso de recessos vedados. Ao conluio, que tornava quimérica a ataraxia, associava-se a melifluidade hipnótica que envolvia cada palavra, projectada por lábios nos quais gostaria de ser o fruto proibido. Fitava, absorto, a RAI1 como a minha avó observava os gráficos climatéricos da CNN. Se bem que o som seduzisse, só interessava absorver, degustar e enraizar as imagens daqueles assombros bamboleantes, infiltrados que reivindicavam maior durabilidade na memória. (...)

In Estranho Estrangeiro

4.11.2006

A terrível Matemática

Mais de cem mil pessoas irão morrer em Portugal no presente ano de 2006. Pende sobre essas pessoas uma terrível ameaça de morte, mas não se trata de nenhum vírus.
 

UM “REQUIEM” EUROPEU.

Quer se goste ou não se goste, a verdade é que todos os indícios apontam para uma decadência fatal da Europa, tal qual a conhecemos.
Após duas guerras mundiais, das quais apenas resultaram a destruição, o empobrecimento e o atraso, a Europa lançou-se no pós-guerra eivada de optimismo e boas perspectivas: O “baby boom” garantia uma normal e equilibrada substituição geracional, o dinheiro do plano Marshall fornecia os meios necessários à reconstrução e a miséria fornecia uma mão-de-obra ávida de trabalho e altamente produtiva.


Continuar a ler no Velho da Montanha.

A minha resposta é sim.

4.10.2006

Pandemia ou Paranóia (Gripe das Aves)!

"Será que estamos todos loucos, ou somos completamente idiotas??
 

280 aD

O beijo de Judas, aqui numa interpretação de Giotto di Bondone, existente na Capela Scrovegni, em Pádua, embora não seja posto em causa, pode não se ter revestido da carga negativa que, durante dois milénios, se lhe atribuiu...
...
Um documento conhecido por Evangelho segundo Judas Iscariote está, comprovadamente já, após datação pelo carbono 14, investido de autenticidade que ninguém põe em causa.
...
...................... SEGUE em O Sítio do Ruvasa
...

Efeméride: A batalha de La Lys

Faz hoje precisamente 88 anos que se travou a batalha de La Lys.
...
Efectivamente, Em 9 de Abril de 1918, na região da Flandres, sector de Ypres a batalha de La Lys que pôs frente a frente a 2ª divisão do Corpo Expedicionário Português, em França, na I Grande Guerra Mundial, num total de 20.000 homens, que o general Gomes da Costa comandava, e 4 divisões do 6º Exército alemão, com 50.000 militares, comandados pelo general Ferdinand Von Quast.
...
......................... SEGUE em O Sítio do Ruvasa

Estupidez e estatísticas de consumo de alcool

Por vezes fico deprimido ao ver a imensa estupidez que corre pela nossa Comunicação Social. A minha dúvida é se é estupidez ou orientações superiores (de quem não sei) que levam muitos jornalistas a preferirem passar por estupidos a sofrerem consequências negativas nas suas carreiras profissionais.
Vem isto tudo a propósito de uma alarmante notícia do Diário de Notícias que também foi veículada por outros órgãos de Comunicação Social, nomeadamente pela SIC.
A notícia é de que cada português consome em média 115 litros de alcool por ano e que Portugal está em sétimo lugar no mundo em consumo per capita de alcool.
Ver a continuação em Cabalas.

O Raio

Gratidão

No ambiente de trabalho do meu computador pessoal existe uma pasta intitulada "congestionamento de adiados". Nele aglomeram-se textos que se mantêm na penumbra devido a contingências várias. Paulatinamente, gotejam. Hoje, evade-se à clausura a exaltação do repórter da Antena 1, destacado para o duelo ibérico entre o Barcelona e o Benfica. Já se tornou habitual a renúncia imediata à Língua Portuguesa quando um jornalista luso interpela um cidadão espanhol. Após a partida, o repórter, trabalhando nas cercanias do Estádio, abordou espanhóis recorrendo a um Português límpido e compassado. As respostas surgiram sem necessidade de repetir a pergunta. Não sei se à opção de assentar o discurso no Português subjaz a consciência da necessidade de proteger a Língua. Nunca um espanhol, em Portugal, se aproxima da nossa Língua. Raramente um português não se aproxima do Espanhol, mesmo que se cinja ao empréstimo de uma pronúncia peculiar à frase. Pelos exemplos de mundividência e de Portugalidade, o meu obrigado.

In Estranho Estrangeiro

4.09.2006

Os merdia e o dinheiro

Se um grande empresário, que nada percebe de energia (que até fala em kW/h como se fosse uma velocidade qualquer, o correcto é kWh), disser que resolve o problema energético do país com uma ou várias centrais nucleares, tem logo a comunicação social em peso a divulgar a notícia e a influenciar tudo e todos.
 

Angola é nossa!..

Os dirigentes angolanos são, seguramente dos mais corruptos, cleptómanos e repugnantes do mundo. O presidente, José Eduardo dos Santos é um dos homens mais ricos do mundo. O povo angolano, esse vive na mais extrema pobreza. Angola é saqueada pelos antigos guerrilheiros que hoje detém um poder não democrático. Simplesmente inacreditável.
As empresas que se instalam ou instalaram em Angola “obrigam-se” a gramar uma parceria com a família Santos. Com a filha Isabel Santos não há negócios para ninguém, se não tiver posição societária no negócio que se adivinha seguro. O pai controla à distância. O presidente não se envolve directamente.
Angola é um mercado apetecível para os negócios e para os sanguessugas. É rico em recursos naturais. Há um grande mercado para explorar em todos os sectores do negócio. O mais apetecível será o da exploração do petróleo, os diamantes, a restauração, a construção civil, a banca, entre muitos outros.
Os nossos empresários, sempre muito pródigos em afirmarem a dispensabilidade do Estado, desta vez, precisaram da boleia dos políticos e lá foi um terço do nosso produto interno bruto, numa passeata bem comida e bem regada, à procura do seu quinhão na pilhagem, a Angola.

Continua aqui

O Euro visto da década de 90...

Encontrei várias citações do Prof. João Ferreira do Amaral, Professor Catedrático do ISE, citações estas proferidas ainda antes da adesão de Portugal à União Monetária (isto é, ao Euro).
Estas citações, algumas já com dez anos, podem-se considerar premonitórias pois antevêem muitos dos problemas com que lidamos actualmente.
Pode-se dizer que a adesão ao Euro foi, no mínimo, uma aposta extremamente arriscada e que, como já na altura se podia vislumbrar, com resultados funestos.
Ver as citações em Cabalas.

O Raio

Laocoonte ou o silenciamento da voz da precaução

O episódio do cavalo de Tróia, a que se refere Homero na Ilíada, conta que, quando do cerco de Tróia, Laocoonte, sacerdote do deus Apolo, pressentiu o perigo que o cavalo de madeira que os gregos construíram e deixaram abandonado no campo fronteiro às muralhas de Tróia, opôs-se à ideia de o levar para o interior da cidade.
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............................ SEGUE em O Sítio do Ruvasa
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Um texto premonitório

Descobri este texto numa publicação do PCP cuja data não conheço mas que é anterior a 1999, data da adesão ao Euro.
Vale a pena lêr o texto que aqui se transcreve e que descreve com muita precisão a situação actual. Sublinhe-se que este texto tem pelo menos oito anos e, sublinhe-se também, de que na altura a propaganda oficial referia-se ao euro com a maravilha das maravilhas que iría promover o emprego, o desenvolvimento, etc.
O texto é o seguinte:


3. A moeda única vai promover o crescimento económico e o emprego em Portugal?

Ver a continuação em Cabalas.

O Raio

O Estado e o negócio das falências

A empresa Panibel, Panificadora Unida de Belém, vai ser encerrada devido a uma dívida à Segurança Social e ao fisco superior a 1,6 milhões de euros, relata o “Diário de Notícias”. Ainda segundo o mesmo jornal, “em causa está o prazo de oito dias colocado pela Segurança Social para que a Panibel pague as tranches em atraso da dívida aquele sistema”. Mais 130 trabalhadores têm o desemprego como futuro.

Este exemplo de falência, ou encerramento, imposto pela Segurança Social soma-se a outros em que o Estado toma a mesma opção. Todos sabemos que a gestão danosa, o acto de fugir aos impostos e ao pagamento da segurança social – muitas vezes de dinheiro já descontado aos trabalhadores – é uma prática que o poder tem facilitado em Portugal. E que assim não deve ser.

Não sei se é o caso da Panibel, mas todos sabemos a burguesia que temos. Uma burguesia culturalmente pobre, ideologicamente reaccionária e conservadora face à novidade e à modernidade, uma burguesia que prefere a exploração desenfreada e maciça à inovação tecnológica. Uma burguesia que parasita o Estado.

Mas importa começarmos a questionar o papel do Estado na economia. O Estado é apenas mais um agente de mercado que funciona segunda as regras simples de mercado? O Estado não tem que proteger o emprego e responsabilizar mais os gestores e patrões pela gestão das empresas – inclusive com seu património pessoal? O Estado não tem que fazer escolhas? É-lhe totalmente indiferente que centenas de trabalhadores sejam continuamente despedidas, provocando um aumento de desemprego, pobreza e miséria social?

 

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4.08.2006

Tanta gente sem casa e tanta casa para viver

Segundo o jornal Expresso de hoje, há um excedente de mais de 100 mil casas do que a procura e no entanto todos os dias se vêem novas habitações a erguer, acrescentando mais uns milhares a esse número extraordinário, de casas desocupadas.

Os preços da casa continuam, não obstante essa desproporcionalidade, a preços muito elevados e a não baixar, o que desafia uma regra elementar da economia, de os preços tenderem a baixar, quando a oferta é superior à procura.

Muita gente, nos dia de hoje, recorre à compra de casa por empréstimo bancário, com prazos alargados endividando-se fortemente, durante vinte, trinta e quarenta ou mais anos, à custa de uma diminuição da sua qualidade de vida, para poder suportar esses encargos.

Entretanto muitas famílias vivem em casas alugadas, em situações deploráveis, sem o mínimo de condições, e em alguns casos a pagar rendas de valor insuportável. Outras, ainda pior, vivem em barracas ou na rua e sem perspectivas de futuro e sem o mínimo de dignidade.

O país precisa de uma correcta politica de habitação e de habitação social e também de arrendamento, que permita a todos ter uma casa, com as condições exigíveis de dignidade e de bem-estar, em ordem a um desenvolvimento são e harmonioso em linha, com uma vida integrado em sociedade.

As pessoas denotam e com alguma razão, uma grande crise de confiança, em tudo o que diz respeito ao país; nos nossos governantes, dirigentes políticos, nas nossas elites, empresários, neles próprios. As situações não mudam ou mudam pouco. Cada vez há mais ricos e também há mais pobres. A crise económica, a corrupção, não acaba e parece que cresce sempre.

Ocorre-me acrescentar o que disse o arquitecto José Pulido Valente há pouco tempo:

 

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