Sobre a liberdade de expressão
Um jornal iraniano, como réplica, lançou um concurso que visa o escárnio do Holocausto. Invocando a mesma liberdade de expressão que o Ocidente escuda e entroniza, o jornal, apesar da abjecção do acto, protagoniza, sem o prever, a abertura de um novo e importante capÃtulo, cuja importância não se reduz à espiral contingencial de violência. Ao proteger os “revisionistasâ€� e/ou aspirantes a verdugos de judeus, o jornal ilumina as falácias que do Ocidente brotam, incontinentes. Ângela Merkl, por exemplo, define a liberdade de expressão como um bem inabalável, associando-se a muitos outros lÃderes ocidentais. Todavia, o seu próprio paÃs, a Alemanha, proÃbe a aglutinação de nazis em torno de organizações partidárias. Portugal, com o selo constitucional, inviabiliza partidos de Ãndole nazi e/ou fascista, coarctando, de algum modo, a liberdade de expressão.
In Estranho Estrangeiro