Sobre este, faço minhas estas palavras:
«Aconteceu que um grupo de jovens adolescentes, incautos e irresponsáveis, desvairados, abandonados, com uma vida precária e sem horizontes, atacou um cidadão sem-abrigo, também ele desvairado, com uma vida precária e sem horizontes. O cidadão perdeu a vida e os rapazes foram detidos e ouvidos por um juiz como se impunha. Acontece que o sem-abrigo, desvairado, com uma vida precária era um homossexual, um travesti. E soube-se que os rapazes desvairados confessaram o costume de atacar a fauna gay que abunda na noite do Porto. Um história triste e de lamentar, enfim. Mas não vi nenhuma manifestação a favor destas crianças desprotegidas. Ninguém foi para a rua perguntar o que se está a fazer por eles. Pelo contrário, a fauna gay, armou-se em vÃtima, que é o que eles mais gostam de fazer, e foi para a rua contestar mais uma campanha homófoba da sociedade portuguesa. Sinceramente estou triste. Não pelos gays, que se fodam os gays que andam ao ataque na noite escura em busca, também, destes miúdos carentes de tudo. Estou triste pelos miúdos que vivem estas condições marginais. Ninguém quer saber deles. Preferem os paneleiros.»