1.30.2006

Diálogos (de) errantes

Subitamente, demorando-se nos meus olhos com os seus de cínico grego, troveja: “Hijo, sono un hijo de puta!� Não explorei a confissão, tolhendo-me a voz aquele esboço catártico. Desviou o olhar, lamentou-se pela guitarra extorquida e voltou a pedir um cigarro. “Ah, sim, não fumas, hijo. Fazes bem. Fumar faz mal…� Desejou-me boa noite, depois de alojar uma moeda na tigela, mas pressenti que, por prudência de sábio tutor, asfixiou o epílogo pungente. “Viver também…�

In Estranho Estrangeiro