1.19.2006

Uma segunda volta sem história e com um triste fim.

Andamos nisto há anos. O País não consegue sair da cepa torta por medos. Medos de fantasmas interiores que nos consomem. Medos de mudanças a sério e uma grande dose de falta de coragem. É sempre o mesmo. A cada desencanto, aparecem novos “encantamentos” que rapidamente se desvanecem para dar lugar a novos desencantos, até novos encantos que hão-de vir. E assim se faz Portugal.

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Alegre, à esquerda desiludiu muita gente e perdeu a consideração e o respeito que antes tinha, com a sua arrogância, as suas incoerências e ataques desbocados e mesmo caluniosos, a que acresce a impreparação e falta de ideias, (apenas favorecido devido às fragilidade do PS de um mal Governo Sócrates e de um discurso reaccionário, perigoso e aproveitador dos sentimentos antipolíticos e antipartidos – surpreendentemente, aceite em alguma áreas de eleitores do Bloco), e por isso não lhe auguro bons resultados na segunda volta.

Soares não tem nenhuma possibilidade na segunda volta, quando deixou de ter apoios numa certa esquerda que, surpreendentemente, recuperou assuntos do baú, julgados arquivados, depois de ter ganho duas eleições presidenciais. Também não irá buscar, a maioria dos votos dos socialistas Alegres. A colagem excessiva às políticas do Governo prejudica-o muito agora, e numa segunda volta será fatal.

O Jerónimo e o Louçã, infelizmente, não conseguem ultrapassar alguns estigmas que lhes estão associados e descolar da percepção generalizada de que não têm qualquer hipótese, apesar de terem feito os dois, à sua maneira, as melhores campanhas e no caso de Louçã ser reconhecido como o candidato mais capaz e competente.

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Completo aqui.