10.02.2006

Lula da Silva

Fiquei agradado com os resultados eleitorais no Brasil. A não eleição do Presidente Lula à primeira volta - que representa uma enorme perda de popularidade em relação às últimas eleições - é um sinal claro de desilusão em relação às expectativas que este criou. O seu mandato foi, para mim, uma enorme desilusão. Em primeiro lugar porque além de não ter conseguido travar a corrupção na política brasileira foi, e isso é bem mais grave, pouco decidido no seu combate e, em segundo lugar, porque adoptou uma postura pouco rigorosa - diria até populista - em relação à economia. Ser-se de esquerda não é optar pelo facilitismo da demagogia dum discurso - e duma acção - que promove um combate inócuo aos verdadeiros problemas duma economia. Ser-se de esquerda é defender de forma decidida uma harmonia entre a solidariedade social e intergeracional e a defesa da produtividade da economia. Lula da Silva é, cada vez mais, o George W. Bush da esquerda, ou seja, um homem comprometido, sem visão, que nada trouxe de inovador à sua área ideológica, um bluff.

No Filho do 25 de Abril