Como se pode ler AQUI, «Para o Procurador-geral da República (PGR), o primeiro passo para combater a corrupção em Portugal é criar na opinião pública o sentimento de que esta prática deve ser condenada. “A primeira medida para combater a corrupção é criar junto da opinião pública o sentimento de que deve ser punida, porque enquanto a opinião pública pensar que com a corrupção todos se governam ou todos fazem nunca haverá punição”, defendeu Pinto Monteiro aos jornalistas, em Lisboa. Em seu entender, é fundamental a censura ética. O PGR comentava, assim, o aumento do número de denúncias de lavagem de dinheiro feitas junto da Procuradoria-Geral da República, que entre Janeiro e Abril deste ano atingiu as 299. Pinto Monteiro mostrou-se muito satisfeito com o aumento das denúncias, considerando que estas são a prova de que o número sobe “à medida que se cria um sentimento ético de que a corrupção deve ser punida”».
Num país com a grave crise económica por que passa (com excepção para umas pequenas elites e, entre elas, as magistraturas), em que a generalidade das pessoas vive em “guerra” aberta para sobreviver economicamente e resolver os seus problemas na Administração Pública, nas Autarquias, na Justiça, na Saúde, na Educação, nas Finanças…, em que tudo parece “encravado” ou problemático e eternamente por resolver, em que as pessoas são tratadas como números de cálculos economicistas e não como cidadãos, o senhor Procurador-Geral da República vem, afinal, apelar para a “boa” cidadania.
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