7.06.2006

O aborto e o oportunismo do PCP

O PCP numa campanha vergonhosa, não olha a meios para atacar o Bloco de Esquerda. Quando os adversários, nesta luta, contra a despenalização do aborto, estão identificados, o PCP inventa mais alguns. Um PCP, estranhamente, inquieto, ou talvez não estranhamente, mente. Não é a primeira vez que o faz. O PCP tenta colar o BE ao atraso na resolução deste problema. Só por má fé, desonestidade política, oportunismo. Não ganha nada com isto. Não ganha votos, não ganha simpatias.

Não se trata aqui de fazer a defesa do Bloco por defender.

Trata-se de denunciar a mentira, a sem-vergonha, o oportunismo. Todos sabem do empenhamento do Bloco na alteração da actual lei. Desde o primeiro dia.

Não me esqueço de ver os militantes na rua, em sessões de divulgação e de esclarecimento, da colocação de bancas públicas, de painéis, no empenho pela petição popular por um novo referendo, na apresentação de diplomas na AR, nas votações a favor de outros no mesmo sentido.

O que é preciso mais? Que o Bloco tenha a posição do PCP?!

Mas isso não é possível. Tratam-se de duas concepções de democracia. É uma grande diferença. Houve referendo, o Bloco foi contra, mas a partir do momento que houve, empenhou-se, fez campanha e perdeu. Eu, também não gostaria, se tivesse ganho, nas mesmas circunstâncias de ver alterado pela Assembleia, uma decisão popular, mesmo que através de uma maioria pouco participada e por pequena margem.

Continua