6.26.2006

O orgulho Gay

Este fim-de-semana decorreu em vários pontos do mundo, as marchas do orgulho gay.

 

Nada a dizer contra. Hoje, cada vez mais, o mundo está a encarar esta nova realidade, como normal. A homossexualidade existe, não se pode fechar os olhos. E existe, independentemente de uma vontade expressa individual. A homossexualidade acontece. Basta ouvir ou ler alguns testemunhos. Acontece, simplesmente. Sem saber como, os homossexuais descobrem, que gostam de pessoas do mesmo sexo. Que têm essa inclinação sexual. E não há nada a fazer. Nem a opor. As pessoas gostam-se e amam-se. Embora possa parecer contra-natura, nem isso, hoje, parece assim, tão evidente.

 

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O casamento homossexual, o direito à procriação medicamente assistida, a adopção de crianças, devem ser um direito indeclinável. A sociedade moderna tem de se abrir aos novos tempos. Não fazem sentido, num quadro do avanço científico, do conhecimento, da emancipação dos “valores” católicos.

 

Não consigo perceber a objecção a estas novas realidades, que não sejam por ignorância ou por preconceitos desajustados.

 

O que verdadeiramente as pessoas precisam é de ser sensatas: Afirmar o amor, o afecto, entre partes, as crianças e oferecer as condições básicas para que se desenvolva esta nova família, sem constrangimentos e preconceitos.

 

Sobre a marcha dizer apenas que não gosto do uso da palavra Orgulho. As pessoas são o que são. Orgulho é uma palavra desadequada e provocatória. Não se tem Orgulho por ser homossexual, como se não deve ter por ser, heterossexual, por ser homem ou ser mulher, por se ser branco ou se ser preto. O Orgulho é outra coisa. Também não gosto das manifestações exibicionistas e apalhaçadas de alguns. Mas aqui, trata-se apenas de bom ou mal gosto.

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