11.25.2008

Abater Um País Como Um Cão

Saigão cai. E com ela uma aventura voluntarista e sangrenta, que gabinetes alcatifados engendraram.

Apesar da superioridade nas armas, da sofisticação logística e do poder da máquina de propaganda, o exército estrangeiro sofre uma derrota em toda a linha, que só a retirada estratégica permite camuflar e evitar que seja esmagadora.
Os combatentes locais, mal nutridos, mal equipados, mas moralizados para a vitória, face a quem a força ocupante sempre se comportara como inimigo, usam o terreno contra ele e paralisam a sua descomunal força, cansam-no e enfraquecem-no, impotentes para um combate desigual em campo aberto.

O invasor, demasiado confiante num combate rápido e decisivo mas atolado na sua própria incapacidade de antever dificuldades e obstáculos óbvios do terreno, entra em colapso, confronta-se com a sua opinião pública que o acossa, vê decair o seu moral, percebe que perde totalmente o pé e desiste.

Para trás, apenas destruição.
E a eterna pergunta a todas as guerras, sobre a nobreza de uma escolha, sobre a utilidade das perdas.
...A que os gabinetes alcatifados jamais responderão.

De caminho, uma execução na via pública. Acto cobarde e Divino, vingança mesquinha e grandiosa, num espaço sem Deus nem Lei.


- Continua no Pedro_Nunes_no_Mundo -