As minhas palavras iniciais vão aborrecer muitos leitores deste blog que distingo e aprecio, pelo que a estes peço a paciência de lerem depois das primeiras linhas e o exercício analítico de meditarem um pouco no que se escreverá de seguida.
Fala-se muito de gerações e das suas culpas. Hoje vou apontar o dedo à geração que mais contribuiu nos anos mais recentes para o apodrecimento do cadáver a que (ainda) se chama país. São estes os homens e mulheres que actualmente contam entre 40 a 50 anos, mais um menos um, que eram jovens (mas não crianças) no 25 de Abril de 1974, que fizeram o liceu e a faculdade durante os anos 80 e arranjaram um bom emprego onde sentar o cu toda a vida até à fronteira operacional de 1990. Ironicamente, seria a geração para a qual Abril foi feito, mas foi a geração que matou Abril. Passo a explicar porquê.
Continua