10.13.2006

Eram quase cem mil

(…)

Pode Sócrates, arrogar-se de ser uma pessoa de convicções fortes, teimoso, firme nos propósitos, mão de ferro, pode dizer que está a fazer tudo para melhorar o país, pode afirmar em tom solene que está preocupado com o futuro, pode dizer e fazer o que lhe apetecer. Pode, mas o que Sócrates não consegue esconder é que um mentiroso e um batoteiro. Ganhou as eleições com batota. Há que dizê-lo.

Não disse que ia aumentar o IVA. Os preços com a saúde. Fechar urgências, maternidades, escolas. Não disse que ia aumentar a idade da reforma, aumentar as contribuições para a segurança social, baixar as pensões de reforma, diminuir o poder de compra dos trabalhadores. Congelar vencimentos, carreiras, progressões, mandar trabalhadores para a prateleira, querer despedir. Cuidou mal os funcionários públicos, os professores, os médicos, os enfermeiros, os assalariados e tantos outros.

Sócrates até podia ter razão (e não tem) em muitas das guerras que comprou. Mas devia ter sido honesto. Devia ter anunciado estas medidas antes das eleições.

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