10.23.2006

Despedimento de 4 000 trabalhadores na PT?

O maior cancro da PT é o pessoal em excesso. A PT vai ter que despedir 4000 funcionários e sobretudo mais de 200 quadros superiores de alta direcção, que não fazem nada e ainda por cima prejudicam o trabalho dos poucos directores-gerais que trabalham.

Esta nota vem no Semanário desta semana. Não está assinada. Não cita quem forneceu a informação, não cita fontes, não vem entre aspas. É certamente uma notícia encomendada. Os trabalhadores da PT vivem tempos de angústias. A OPA sobre a PT não foi uma boa notícia para os trabalhadores da PT e para o país. O Estado vai deixar de receber IRC mais de 250 000 milhões de euros de IRC. Teremos uma concentração quase monopolista, nos móveis e fixos, com a perda de mais um operador. Os ganhos evidentes para os consumidores, são basicamente a autonomia das redes de cobre e cabo, em termos de oferta comercial. Com melhores preços, melhores conteúdos e concorrência mais forte no cabo. Mas a PT, se a OPA não for adiante, já assumiu essa decisão com o “spin off” da PT Multimédia.

O que vai sobrar disto tudo? O cenário da desistência do grupo Sonaecom sobre a OPA, passou a ser real. Já conseguiu em parte alguns dos seus objectivos. A PT paralisou, perdeu clientes, obrigou à mudança de estratégia da gestão, de crescimento internacional como grande empresa nacional, alargamento a mercados emergentes, investimento na tecnologia, formação e investigação, para a gratificação accionista mais imediata, separou irreversivelmente um dos negócios, fixo ou cabo, por sua vez, a Sonaecom capitalizou em vários domínios do negócio em especial na especulação bolsista.

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