7.19.2006

LEGITIMIDADES…

No Público de hoje, em artigo de grande qualidade, o historiador Rui Ramos observa com muita argúcia que, enquanto os poetas nos convenceram de é difícil falar de amor, ninguém tentou criar o mesmo pudor em relação à guerra, e assim não há “bicho-carêta” que não se arrogue ao direito de debitar, com o maior à vontade, as suas opiniões acerca dos conflitos que afectam vastas faixas da humanidade, expendendo com a maior facilidade as soluções evidentes para esses conflitos, sem cuidar de que se as mesmas fossem assim tão evidentes, provavelmente não morreria neles tanta gente.
De facto é confrangedor ouvir as certezas de jornalistas, comentadores ou participantes em debates em relação a conflitos trágicos, nos quais a vida humana parece ser o bem mais dispensável de todos, sendo simultaneamente a cortina de fumo atrás da qual se escondem as por vezes inconfessadas ideologias dessa gentinha toda.

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