7.01.2006

Bico caladinho ou levas no focinho

Se há uma coisa que me irrita, são os donos do poder, mesmo do pequeno poder, desde o presidente de uma pequena associação, a uma chefia intermédia de uma empresa, ou uma qualquer figura que detém uma mingua de poder, de falarem e agirem como se fossem os donos.

Falam sempre na primeira pessoa do singular. Eles são os que fizeram, decidiram, concederam. Nunca é a equipa. Nunca foram outras pessoas. Ou com a colaboração de outras. Foram e são eles. Não usam o "nós".

-“Eu quero. Eu fiz. Eu decidi. Eu vou apoiar”.

O presidente da Câmara do Porto Rui Rio é um caso-tipo de alguém que se julga o dono. Nem mais. Agora para que os promotores de iniciativas, obtenham apoios financeiros, estão impedidos a “publicamente, expressar críticas que ponham em causa o bom-nome e a imagem do município do Porto, enquanto entidade co-financiadora da actividade da sua representada” através da assinatura coagida de um protocolo.

É o ridículo dos pequenos ditadores. Como se o dinheiro fosse deles.

(…)

Esta gente do “eu” não são pessoas confiáveis.