9.22.2008

Assobiar Para o Lado



(Apesar de tudo, os mais distraídos leiam de novo: "...em Londres", não "...em Loures"!)



Talvez seja a primeira vez que abordo este tema - ou pelo menos desta forma - e cheira-me que não há-de ser a última.
"A Ameaça do Fundamentalismo Islâmico".

É um tema que me suscita a maior apreensão. Na directa proporção da gente que tenho visto (ou lido) sorrir por dentro e por fora à alusão a estas palavras conjugadas.
...Uns sorriem em desdém, considerando esta ameaça um mito urbano que apenas uns tolos tagarelas propalam a partir de refeições rápidas comidas nos media.
...Uns sorriem, superiores, julgando tratar-se de mera questiúncula levantada por xenófobos hiper-ocidentalizados, limitados na sua mundivisão.
...Uns sorriem, cínicos, adivinhando na denúncia um serviçalismo ideológico mal disfarçado a nações ou figuras auto-proclamadas hoje combatentes dessa ameaça.
...Uns sorriem, cáusticos, descobrindo uma colagem iniludível da denúncia da ameaça fundamentalista islâmica a afinidades pessoais a uma fé diversa, o que forçosamente condicionaria o juízo.
...Outros sorriem apenas, ignorantes.
Mas a questão existe. A ofensiva radical islâmica em curso sobre o Ocidente.

Mão amiga (...) fez-me chegar este recorte de jornal.
Onde se lê - o texto é curto e deve ser lido como documento com valor histórico - que em Inglaterra foram constituídos cinco tribunais islâmicos, estando previstos mais dois para breve.

Cinco.
Tribunais islâmicos.

Em solo inglês. Na União Europeia.
Que vão encarregar-se de questões como "divórcio, violência doméstica, disputas ou heranças".

Já não lá nos confins do mundo, nem sequer às portas turcas, mas dentro da nossa casa.
Tribunais competentes para julgar direitos e obrigações de cidadãos europeus.
À luz da Sharia, a lei religiosa corânica.


- Continua no Pedro_Nunes_no_Mundo -