12.28.2005

Um profundo nojo

O trabalhador por contra de outrem que não exerce funções de direcção é, em regra, um tarefeiro. Faz o que lhe mandam, acata ordens, executa com competência, exerce com brio, pugna pelos objectivos, trabalha mais horas, empenha-se por aprender, é aplicado, inventivo, polivalente, respeitoso e desenrascado.

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Por outro lado, também não são os trabalhadores, quem traça os eixos em que assenta o progresso! Quem faz as escolhas do modelo económico e social! Quem interfere nas grandes opções dos planos de crescimento e desenvolvimento estratégico! Quem aprova as leis! Quem governa! Quem manda! Quem decide!

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É por isso que quando ouço o discurso de Natal do Sr. Primeiro-Ministro, “aos portugueses de boa vontade� e agora a apresentação de aumentos de 1,5 por cento de aumento aos funcionários públicos, sinto um profundo nojo.

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