12.21.2005

O (des)acordo na Autoeuropa

Há dois anos o acordo entre os trabalhadores e a administração da Autoeuropa foi elogiado por quase todos os sectores da sociedade, como um acto de bom senso, responsabilidade, competência negocial e destacado como modelo a seguir, por outras empresas e sindicatos.

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O propalado acordo, foi conseguido, devido a um grande sentido de responsabilidade dos trabalhadores, ao cederam nos seus direitos sociais, incluindo o congelamento dos salários durante três anos, para assegurar a competitividade da empresa e a manutenção dos seus postos de trabalho e das dezenas de empresas e centenas de famílias dependentes da economia subsidiária local e nacional que a Autoeuropa promove.

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O que mudou? Os trabalhadores são os mesmos, os dirigentes são os mesmos, a avaliação que a maioria dos trabalhadores, fizeram da situação é que é diferente e merece ser respeitada. Se no passado souberam estar à altura, agora com a sua inteligência, saberão, também, encontrar as saídas adequadas, sem pressões ou ameaças.

É por isso inadmissível a chantagem e a intimidação, do Ministro da Economia, Manuel Pinho, exercida sobre os trabalhadores, com afirmações inconcebíveis como “ os trabalhadores são os únicos responsáveis� ou que este acontecimento “mancha a história positiva do País�, colando-se ás posições da administração da Autoeuropa, em vez de assumir um papel mediador, como lhe competiria.