10.17.2008

A Larva

Não há fome que não dê em fartura.

Se durante largos meses a fio os professores se resignaram - não há outro termo - perante o avanço de um processo iníquo de "avaliação" e de metamorfose do que até hoje se consideravam órgãos de funcionamento das escolas, repentinamente eclodem dos casulos resmas de movimentos de contestação.

Segundo o que se alinhava, dia 15 de Novembro é de novo dia de rever caras há muito perdidas no tempo e no País.
Caminhando por Lisboa os professores de novo mostrarão a sua revolta e a sua vontade de mudar o sentido das coisas....
- E se antes era já tarde demais, desta vez o protesto reveste-se de um verdadeiro e justificado dramatismo.
...E de imediato nasce uma outra proposta de... "caminhar em Lisboa para mostrar o descontentamento da classe docente".

Só que vem tarde. Demasiado tarde.
Vem dos sindicatos, a proposta. Talvez por isso.

Perdido tempo de reacção, perdida oportunidade, autoridade e argumentário, após ter entrado na cama e comido à mesa de umas "negociações" inquinadas pelo cinismo de uns e pelo interesse próprio de outros, os sindicatos perderam a face.
E os professores.

- Continua no Pedro_Nunes_no_Mundo -